Após reportagem do DE, Amma retira outdoor do deputado Vitor Hugo

Ontem (18), em primeira mão, o Diário do Estado denunciou a propaganda eleitoral antecipada e ilegal do deputado federal Major Vitor Hugo (PL) e do presidente Jair Bolsonaro (PL). Os dois estavam estampados em um outdoor na Avenida Mambaí, no Residencial Clea Borges, em Goiânia. O painel não tinha nenhuma identificação ou autorização de agência, apenas uma “assinatura” de um grupo autodenominado de Patriotas Voluntários. Hoje (19), a Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) retirou o outdoor.

Em nota, a Amma informou que a retirada do painel se deu por ser um outdoor clandestino, pois não possui nenhuma identificação. A principio, a foto foi postada no Twitter do promotor Haroldo Caetano, da 133º Zona Eleitoral de Goiânia. O DE entrou em contato com a assessoria do deputado Vitor Hugo (PL) mas a reposta foi de que eles não iriam comentar o caso.

O deputado, na sua conta do Twitter, agradeceu as “manifestações espontâneas que têm surgindo em relação ao mandato”. Na postagem, ele posta um trecho da Lei nº 9.504/1997 (Lei Eleitoral) em que diz que “Não configura propaganda eleitoral antecipada, desde que não envolva pedido explícito de voto”.

Tem mais

Em Paraúna, interior do estado de Goiás, também tem mais um outdoor. No painel não tem nenhuma assinatura, nem autorização de agência e é um agradecimento ao deputado pelo envio de uma escavadeira ao município.

Outdoor em agradecimento ao deputado federal Major Vitor Hugo (PL) (Fonte: Twitter @katiamariaON)

 

Para denunciar propaganda eleitoral fora do período permitido pela legislação basta ligar no número 127. De acordo com as normas eleitorais, as propagandas de 2022 só podem ser feitas a partir do dia 16 de agosto.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp