Jogadores serão obrigados a comprovar vacinação completa, segundo a CBF

Os jogadores participantes de torneios da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) deverão estar imunizados contra covid. A exigência começa a valer neste ano, a partir da Copa do Brasil, que começa no próximo mês. Apesar disso, testes rápidos continuarão a ser realizados de um a dois dias antes das partidas. A maioria dos clubes de futebol da série A afirma que todos os jogadores estão vacinados.

A obrigatoriedade consta no Guia Médico da entidade atualizado nesta sexta (21) para um retorno seguro às atividades desportivas. O comprovante de vacinação deverá ser apresentado por jogadores e comissão técnica para a Comissão Médica Especial da CBF. Sem o documento, o nome deles não será incluído na súmula da partida.

Imunização completa, no entendimento da Confederação, significa “aplicação das doses recomendadas em bula por cada laboratório fabricante da vacina devidamente autorizada pelas agências regulatórias”, registra o Guia Médico. O tempo considerado para efetividade plena é de 14 dias após o recebimento do imunizante.

“Doses adicionais de vacina (doses de reforço ou booster), seguirão o disposto nas regulamentações das autoridades sanitárias e de acordo com as regras do Programa Nacional de Imunizações (PNI), quanto à periodicidade, às populações-alvo e as faixas etárias”, completa o texto.

Xenofobia e anti-vacina

Nesta semana, o jogador Pato, do Orlando City, postou em sua rede social que a vacina contra covid é “picada experimental” contra um “vírus chinês”. O comentário surgiu após elogiar o tenista Novak Djokovic, que foi deportado da Austrália por não apresentar um comprovante de vacinação contra a Covid-19. Após a repercussão negativa, ele apagou o texto, afirmou que recebeu as duas doses da vacina e que todos temos de nos vacinar.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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