Vídeo: Apresentador da Rádio Bandeirantes Goiânia sugere que colega seja estuprada por causa de suas roupas

O jornalista Alípio Nogueira associou a roupa da colega de trabalho à incitação ao estupro. O comentário foi durante a transmissão do programa Esporte em Debate, da Rádio Bandeirantes Goiânia, nesta segunda (24), em que ele acredita estar elogiando a minissaia usada pela colega Ana Lívia Dias.

“Antes deixa eu abraçar a Ana Lívia  que tá aqui muito… Hoje ela tá demais. Não sei se você teve a oportunidade de vê-la. Tá de minissaia hoje que tá um negócio. Assim…aí por isso que tem ‘nego’ aí que vai pra Delegacia da Mulher porque a moça vem vestida desse jeito aqui. O povo bate, agride e conversa fiado. Não é o certo , mas também não é certo ela vir com esse tipo de traje aqui não”, afirmou.

Pelas mídias sociais, as pessoas criticaram a fala machista e criminosa. “De que Idade Média saiu esse ser?”, postou uma mulher abaixo do vídeo que tem circulado na internet enquanto outra lamentou escrevendo “Que desrespeito, meu Deus”.

Procurada pela reportagem do Diário do Estado, a Rádio Bandeirantes Goiânia informou que aguardava internamente para se manifestar, o que não ocorreu até o fechamento desta edição. Tentamos contato com portal Feras do Esportes, terceirizado que produz o programa,  mas não obtivemos retorno. Não conseguimos contato com Ana Lívia nem Alípio Nogueira.

Racismo Recreativo

Não é a primeira vez que um jornalista da emissora faz uma avaliação polêmica. Em julho do ano passado, os repórteres esportivos Romes Xavier e Vinícius Silva praticaram racismo recreativo ao ridicularizarem o jogador do Londrina Esporte Clube à época, Celso Junior Honorato. Eles afirmaram que o atleta negro e de fios crespos tinha um ”cabelo imundo”, que era “pesado” e parecia uma “bandeira de feijão”.

Assista ao vídeo do momento: 

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Torcedores jogam cabeça de porco em jogo de Corinthians x Palmeiras

Durante a vitória do Corinthians por 2 a 0 sobre o Palmeiras na Neo Química Arena, em São Paulo, um incidente chocante marcou o jogo. Torcedores do Corinthians lançaram uma cabeça de porco no campo, gerando grande controvérsia e indignação.

Segundo testemunhas, o incidente ocorreu começou antes do início do jogo, quando a cabeça de porco foi arremessada por um homem em uma sacola por cima das grandes do setor sul.

A Polícia Civil solicitou ao Corinthians o acesso às imagens da câmera de segurança para identificar todos os responsáveis pelo ato. Dois torcedores foram levados ao Juizado Especial Criminal (Jecrim) e, após depoimentos, foi proposto uma transação penal no valor de R$ 4 mil ao Ministério Público, mas eles não aceitaram e negaram ter participado do ato.

Um dos suspeitos da provocação foi identificado como Rafael Modilhane, que teria comprado e arquitetado o ataque ao time rival. Um vídeo compartilhado nas redes sociais mostra que o torcedor comprou o item em um açougue e mencionou o plano para jogar a cabeça no gramado.

“Sabe aquela cabeça de porco que postei mais cedo? Vocês vão ver o que vai acontecer com ela. A gente é louco mesmo. Se for para mexer com o psicológico de vocês [jogadores], nós vamos mexer.”, afirmou Modilhane.

Confira o vídeo:

Pelo artigo 201 da nova Lei Geral do Esporte, os torcedores envolvidos podem responder por “promover tumulto, praticar, incitar a violência e invadir local restrito aos competidores, com possível penas de até seis meses de prisão ou multa”. Cabe agora a decisão do Ministério Público se a denúncia será realizada ou voltará ao Drade para novas investigações.

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