Cientistas australianos encontram objeto giratório na Via Láctea

Pesquisadores australianos descobriram um objeto estranho giratório na Via Láctea que dizem ser diferente de tudo o que os astrônomos já viram até hoje. O objeto libera uma enorme quantidade de radiação eletromagnética três vezes por hora. Um estudo sobre o assunto foi publico na revista Nature nesta quarta (26).

O objeto foi descoberto pelo estudante Tyrone O´Doherty, da Curtin University Honors, em uma região no interior da Austrália Ocidental. Ele usou um telescópio e uma nova técnica desenvolvida por ele.

A astrofísica Natasha Hurley-Walker, que liderou a equipe, explicou que o objeto aparecia e desaparecia ao longo de algumas horas durante as observações.

“Foi completamente inesperado. Foi meio assustador para um astrônomo porque não há nada conhecido no céu que faça isso”, disse em um comunicado.

O objeto foi observado liberando uma enorme explosão de energia por um minuto inteiro a cada 18 minutos. Objetos que pulsam energia no universo são frequentemente descoberto. Mas cientistas dizem que algo que ”fica ligado” por um minuto é muito incomum.

Ao revisar anos de dados, foi concluído pelos pesquisadores que o objeto está a cerca de quatro mil anos-luz da terra, é incrivelmente brilhante e tem um campo magnético extremamente forte.

Para os cientistas, o objeto pode ser uma estrela de nêutrons ou uma anã branca – núcleos de estrelas em colapso – com um campo magnético ultrapoderoso. A equipe de pesquisa agora está trabalhando para entender o que representa a descoberta.

“Mais detecções dirão aos astrônomos se este foi um evento único e raro ou uma vasta nova população que nunca havíamos notado antes”, disse Hurley-Walker.

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Meteorito de 27kg e 4,5 bilhões de anos é encontrado em zona rural da Paraíba

Meteorito

O primeiro meteorito da Paraíba foi encontrado na cidade de Nova Olinda, no Sertão paraibano. Segundo o presidente da Associação Paraibana de Astronomia, Marcelo Zurita, a rocha foi encontrada em novembro de 2014, mas a informação apenas foi divulgada agora por conta da confirmação de se tratar de um meteorito.

A rocha espacial já foi analisada, classificada e recebeu o nome de Nova Olinda, referência à cidade onde foi encontrada. Segundo a Associação Paraibana de Astronomia, essa é a primeira vez que um meteorito é encontrado na Paraíba e agora, eles tentam mantê-la como peça no Estado.

Meteorito encontrado por irmãos

O meteorito Nova Olinda foi encontrado em 2014 pelos irmãos Edsom Oliveira da Silva e João Oliveira da Silva, que, na ocasião, procuravam ouro com a ajuda de um detector de metais, em uma fazenda da zona rural do município de Nova Olinda. Em determinado local, próximo a um lago, o detector apitou avisando que havia algo grande por lá. Eles cavaram com uma picareta e encontraram a rocha, que tem cerca de 26,93kg.

Como ela era diferente de outras rochas encontradas na região, os irmãos acabaram a levando para casa e Edsom  colocou o meteorito como enfeite em sua mesa de jantar.

Por cinco anos, a rocha funcionou como adorno para mesa de jantar de Edsom. E estaria lá até hoje, como se não uma pedra vinda do espaço. Apenas após a queda de outro meteorito, em agosto de 2020 no munícipio de Santa Filomena, Pernambuco, que o homem percebeu que poderia se tratar de uma rocha espacial.

Após pesquisas, ele entrou em contato com André Moutinho, pesquisador e colecionador de meteoritos. Moutinho orientou o homem a realizar os primeiros testes e, com a possibilidade de se tratar de um meteorito, uma amostra foi retirada e enviada até São Paulo, onde o pesquisador confirmou que se tratava de uma rocha espacial. A partir daí, entrou em contato com pesquisadores para realização das análises física, química e petrográfica para classificação.

Análise

As análises foram feitas através de uma parceria entre pesquisadores da Universidade de Alberta (Canadá) e um grupo de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Essa foi a segunda análise feita em um meteorito metálico no Brasil.

O meteorito Nova Olinda, é metálico, composto basicamente de ferro e níquel, além de outros materiais em menor concentração. Ele foi classificado como um octaedrito IIAB, que têm a menor concentração de níquel entre os meteoritos metálicos.

De acordo com análise feita em isótopos de meteoritos semelhantes, a rocha teria vagado por cerca de 4,5 bilhões de anos, no período da formação solar. Mas ainda é difícil dizer há quanto tempo o meteorito Nova Olinda teria caído na Terra. Devido a deterioração da terra, é estimado que a queda tenha ocorrido há alguns milhares de anos e permanecido enterrado por todo esse tempo, até ser encontrado pelos irmãos.

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