Anatel aprova compra da Oi Móvel por consórcio com Vivo, TIM e Claro

A venda da Oi Móvel será feita para o consórcio formado por Claro, Tim e Vivo.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), liberou na última segunda-feira (31), a venda de rede de telefonia móvel da Oi para o consórcio formado pelas operadoras Claro, Tim e Vivo (Telefônica). Foi estipulada pela Anatel, condicionantes que deverão ser cumpridas pelas empresas:

  • estar em dia com os fiscos estaduais, municipais e federais;
  • apresentar plano de transferência dos números de celular da Oi;
  • acabar, no prazo de 18 meses, com as sobreposições de frequências;
  • apresentação de compromissos que viabilizem o atendimento das metas do Plano Geral de Universalização; e
  • apresentação de garantias referentes aos compromissos de abrangência ainda pendentes de atendimento.

Sobre os clientes, a agência determinou que a Claro, Vivo e TIM apresentam um plano de comunicação aos consumidores contendo:

  • cronograma referente ao processo de migração;
  • canais de comunicação para tirar dúvidas do consumidor sobre a migração;
  • direito de escolha de planos de serviço iguais ou semelhantes aos contratados com a Oi;
  • direito à privacidade dos dados; e
  • direito de portabilidade a qualquer momento.

A Anatel ainda deixou claro que não poderá haver migração automática de fidelização nem cobrança de ônus contratual em virtude de eventual quebra de fidelização dos contratos de produtos da Oi Móvel.

A Superintendência de Relações com Consumidores da agência acompanhará o processo de migração. O órgão poderá solicitar medidas adicionais para proteger os direitos dos clientes da Oi.

Sobre a venda

Dentro do processo de recuperação com o objetivo de judicial pagar dívidas, a Oi vendeu sua operação de telefonia móvel, chamada de Oi Móvel. A venda foi feita través de um leilão realizado em dezembro de 2020. O consórcio formado pela Claro, TIM e Vivo arrematou os ativos por R$ 16,5 bilhões.

A compra, contudo, para ser concluída precisa ter a anuência prévia da Anatel e ser aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade)

A Superintendência-Geral do Cade já recomendou a aprovação, com a adoção de medidas que reduzam os riscos de concentração de mercado. O processo será avaliado pelo tribunal do Cade, que poderá seguir ou não a recomendação da Superintendência-Geral. Ainda não há data marcada para o julgamento.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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