Vídeo: Vereador pede a “cabeça de secretário” e precisa ter briga separada, em Goiânia

Os vereadores Ronilson Reis e Pastor Wilson precisaram ser apartados em discussão e encerram a primeira sessão do ano na Câmara de Goiânia

Na primeira sessão do ano da Câmara Municipal de Goiânia o clima esquentou e vereadores precisaram ser contidos em discussão. Na manhã de hoje (01), os vereadores Ronilson Reis (Podemos) e Pastor Wilson (PMB) discutiram depois que Ronilson disse a Wilson que ele era a “fofoqueira da Câmara”, fazendo menção de que o parlamentar é o “leva e traz” das informações do Paço Municipal. Durante a fala exaltada, Ronilson pede a “cabeça” do secretário municipal de Governo, Arthur Bernardes.

Durante a fala em tribuna, Ronilson apresentou um projeto de lei que revoga o Decreto Legislativo 42/2021, que concede o Título de Cidadania ao secretário de Governo de Goiânia, Arthur Bernardes. O parlamentar ainda pediu a exoneração imediata de Arthur, do secretário Municipal de Finanças, Geraldo Lourenço e do secretário executivo de Finanças, Lucas Morais.

Sob a pressão negativa da população em relação ao aumento do novo Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e a possível “culpa” que os vereadores estão colocando nos secretários municipais, Ronilson justifica a revogação do titulo a Arthur “Ele não é digno desta honraria, que é reservada somente às personalidades públicas que colaboram com Goiânia. Ele, de forma abusiva e imoral, provocou o aumento do IPTU, ferindo a capacidade contributiva do cidadão goianiense”, afirma. O parlamentar ainda acrescenta, “Ele articulou nos bastidores para a aprovação abusiva do IPTU”.

Já em relação ao afastamento do cargo, Ronilson diz que o secretário de Governo não tem respeito pela Câmara Municipal “Não é de hoje que ele demonstra tal comportamento, nem mesmo, respeito pelo cidadão goianiense. Ficou insustentável a presença do secretário Arthur e dos titulares da secretaria de Finanças. Não apenas os vereadores, mas o povo também não quer a presença deles no governo. E esse vereador aqui não tem medo de secretário não”, frisa Ronilson.

Questionado pelo Diário do Estado, Ronilson explicou que após o discurso, ele foi até o colega de parlamento, Pastor Wilson (PMB) e o provocou “Agora o senhor vai lá e leva a notícia para ele (Arthur Bernardes), que eu quero a ‘cabeça dele’ (exoneração) já que gosta de levar fofoca”, no entanto, Wilson negou que seja o porta-voz da “fofoca” e disse que não consegue contato com Arthur há cinco meses.

A discussão entre os dois estourou depois desse momento. O vereador Pastor Wilson exigiu respeito por parte do Ronilson e a discussão precisou ser apartada pelos outros parlamentares. O presidente da Casa, Romário Policarpo (Patriota) encerrou a sessão no momento em que Ronilson estava, aos berros, dizendo que o Pastor Wilson é a “fofoqueira da Câmara”. Depois, todos os vereadores foram levados para fora do plenário.

Assista ao vídeo do momento da briga:

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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