Governo de Goiás realiza investimento de R$ 7 milhões em capacitação tecnológica em três anos

A Secretaria de Comunicação do Governo de Goiás (Secom), divulgou nessa quarta-feira  (02/02) que o estado investiu em três anos cerca de 7 milhões de reais em áreas de estudos sobre tecnologia, saúde e pesquisas. Os ajustes e investimentos foram necessários para melhorias da qualidade de ensino de crianças e jovens do estado.

Na tecnologia, programas como Laboratório Include, Sukatech e Escola do Futuro marcam ensino e preparam jovens goianos para o mercado de trabalho. A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg) tem aumento na aplicação de recursos em pesquisa. Já a Orquestra Filarmônica ganha nova sede para à educação musical. Com reforma administrativa, Universidade Estadual de Goiás (UEG) paga R$ 1,2 milhão em bolsas atrasadas e investe mais R$ 8 milhões em novos auxílios.

Digital

Os laboratórios de tecnologia Include oferecem capacitação gratuita para jovens de 12 a 20 anos. Atualmente, são seis unidades instaladas no Estado – Alto Paraíso de Goiás, Cavalcante, Luziânia, Valparaíso de Goiás e Goiânia (duas). O Include tem como objetivo inserir jovens de comunidades carentes nos ambientes digitais, possibilitando o conhecimento dessas novas tecnologias e abrindo oportunidades. O projeto fruto de parceria entre o Governo de Goiás e o Instituto Include teve o investimento em 2021 (custeio e instalação) de R$ 155 mil em cada unidade.

O programa Sukatech, que possui uma unidade em funcionamento em Goiânia e outra em implantação em Mineiros, visa a estruturação e a operacionalização de um Centro de Recondicionamento de Computadores (CRC), capaz de reciclar e recondicionar resíduos eletroeletrônicos, capacitar jovens e adolescentes na área de tecnologia e promover a educação ambiental. O CRC de Goiânia conta com recursos de R$ 1,2 milhão.

Educação tecnológica / Foto: Secom

A atual administração do Executivo recebeu os antigos Institutos Tecnológicos do Estado de Goiás (Itego) com atraso de quatro meses nos repasses para as Organizações Sociais (OSs) gestoras da Rede Itego. A dívida de R$ 20,8 milhões foi quitada ao longo de 2019. Somente de janeiro de 2019 a julho de 2021, a Sedi investiu R$ 179 milhões na manutenção da rede, que foi transformada, em 2021, em Escolas do Futuro de Goiás (EFGs).

A para a gestão das unidades das EFGs, o Governo conta com parcerias da Universidade Federal de Goiás e Centro de Educação, Trabalho e Tecnologia (UFG/CETT). São cerca de 2,9 mil vagas, com unidades em Goiânia, Aparecida de Goiânia e Santo Antônio do Descoberto. Mais de 60 cursos gratuitos, modalidades presencial e on-line, como mídias sociais, técnicas de vendas, assistente em marketing, empreendedorismo, entre outros. O objetivo é promover a formação profissional de jovens e adultos e oportunizar a sua inclusão no mercado de trabalho. O período de inscrições vai de janeiro a março de 2022, de acordo com cada curso de qualificação ou capacitação.

Basileu

O tradicional Teatro Basileu França, parte da estrutura da Escola Basileu França, ligada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento e Inovação (Sedi), estava completamente abandonado, com o telhado tendo desabado algumas vezes, principalmente em época de chuvas, e recebendo reparos superficiais. Os banheiros e palco estavam completamente inviáveis para receber apresentações e público.

Em 2021, teve início a reforma do local, dividida em duas etapas. Orçada em R$ 6,3 milhões, a primeira fase incluiu adequação do piso para espetáculos de balé, novo palco, iluminação cênica, melhoria acústica, mudanças na fachada, aquisição de equipamentos e projeto de arborização na entrada do espaço.

Em resposta ao Diário do Estado, a assessoria do Teatro Basileu França afirmou que as aulas só retomam no dia 21 de fevereiro. Portanto, os alunos não estão usufruindo ainda da reforma do teatro.

Orquestra Filarmônica

Um dos principais patrimônios culturais do Estado, a Orquestra Filarmônica de Goiás (OFG) passou por dificuldades devido suas contratações. No segundo semestre de 2019, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) recomendou o rompimento das contratações temporárias dos músicos, realizadas de forma ilegal.

Neste período de quase dois anos de pandemia, a Filarmônica precisou de apoio do Governo do Estado para que os músicos continuassem em atividade. Por determinação do governador Ronaldo Caiado, a Sedi e as secretarias de Estado Geral da Governadoria (SGG), de Cultura (Secult), além da Goiás Turismo e da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), realizaram uma força-tarefa para conseguir suportes financeiros para os 49 músicos da OFG. Os débitos da administração anterior, da ordem de R$ 2,561 milhões, também foram pagos.

“Esses artistas não tinham apoio nenhum da gestão anterior, que não garantiu a contratação correta deles. Fizemos contratos emergenciais com os músicos, até que fosse assinado o convênio com a UFG. Isso garantiu não só o sustento destes profissionais, mas também a continuidade desse trabalho que nos enche tanto de orgulho”, afirma o governador Ronaldo Caiado.

Orquestra Filarmônica / Foto: Secom

Com a reestruturação, a Orquestra Filarmônica foi integrada à Escola do Futuro de Goiás em Artes Basileu França e, hoje, os experientes músicos têm contato direto com a nova leva de promissores artistas que compõem a Orquestra Sinfônica Jovem. A retomada também é marcada por uma nova gestão da OFG, que é realizada pela UFG em parceria com o Governo de Goiás, por meio de convênio entre a Sedi e a Fundação de Apoio à Pesquisa (Funape).

Pesquisa

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), também ligada à Sedi, passa por grandes mudanças na gestão de Ronaldo Caiado. Antes, sofria com atrasos constantes e parcelamentos de dívidas por falta de repasses pela então Secretaria da Fazenda, o que resultava em recomposição de saldo para cumprimento de vinculação e inscrições em Restos a Pagar (RAP). Os bolsistas sofriam com atrasos de até três meses nos pagamentos por falta de comprometimento e sistematização de repasses financeiros.

Atualmente, a atual gestão da Fapeg alcançou o maior montante investido em atividades finalísticas de sua história. Foram mais de R$ 36 milhões pagos apenas no ano de 2021. A Fapeg investe na ampliação do número total de bolsas concedidas, representando 32,3% de incremento em relação a 2018, com redução de 19,7% nos custos, e promove a inclusão de estudantes de ensino médio, graduação e pós-graduação nos repasses de recursos. Isso foi possível com a adoção de um modelo de financiamento de bolsas atreladas a projetos de pesquisas que preveem a entrega de resultados/produtos, aproximando universidades e centros de pesquisa do setor empresarial, dos órgãos do governo e das indústrias.

Na gestão atual, 100% das bolsas são pagas dentro do mês de competência. Ainda, estão em implantação quatro Centros de Excelência, o que fomenta pesquisa de vanguarda em parceria com a UFG e IF Goiano; em Inteligência Artificial (Ceia); Estudos, Monitoramento e Previsões Ambientais (Cempa); Agricultura Exponencial (Ceagre) e Bioinsumos para o Setor do Agronegócio (Cebio), totalizando investimentos aproximados de R$ 24 milhões.

UEG

Estudantes de todo o Estado vivem uma nova fase na Universidade Estadual de Goiás (UEG), ligada administrativamente à Sedi. A administração passada acumulou mais de R$ 1,2 milhão em bolsas atrasadas e centenas de contratos irregulares. Com 41 câmpus em 39 municípios, não havia uma integração do ensino, com os mesmos cursos oferecendo grades curriculares diferentes.

Na atual gestão com uma ampla reforma administrativa, a UEG passou a ter uma estrutura mais enxuta e eficiente, com oito câmpus com organização regional e unidades universitárias. O Governo de Goiás quitou as bolsas atrasadas e já investiu mais de R$ 8 milhões em novos auxílios, beneficiando cerca de 2,3 mil pessoas. Por decisão judicial, centenas de contratos temporários irregulares foram extintos, de servidores técnico administrativos e docentes. A reforma também possibilitou uma visão global da UEG, do ponto de vista acadêmico, o que eliminou a disparidade curricular entre cursos idênticos ofertados em locais distintos.

A gestão da universidade foi modernizada, com eleições on-line, via sistema próprio desenvolvido pelo corpo técnico da instituição. Desde 2020, foram realizados três pleitos pelo sistema: para reitor, conselheiros universitários, diretores de instituto acadêmico, coordenador de curso e para coordenadores de câmpus e unidades.

O curso de Medicina da UEG não possuía estrutura, laboratórios, hospital-escola ou quantidade de professores necessária para o bom desenvolvimento da graduação nas gestões anteriores a 2019. Atualmente, ele passa por uma reestruturação e não oferece novas vagas no vestibular. Foi criado um projeto-pedagógico para a graduação, bem como realizados convênios para que o Hospital Estadual São Marcos passe a ser um hospital-escola.


O Governo de Goiás já abriu as inscrições – elas podem ser feitas até 21 de fevereiro – para o concurso público que oferecerá 94 vagas para docentes da área de Saúde, sendo mais de 60 delas para professores do curso de Medicina. Em parceria com a Prefeitura de Itumbiara, também foi construído o Laboratório de Anatomia. Os equipamentos e insumos estão em fase de licitação.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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