Revogação do IPTU de Goiânia reúne políticos de direita e esquerda nesta quinta-feira (3)

Revogação do IPTU de Goiânia reúne políticos de direita e esquerda nesta quinta-feira (3)

Na tarde desta quinta-feira (3), vereadores e deputados estaduais vão se reunir no Ministério Público de Goiás (MP-GO) para discutir as possibilidades de revogação do novo Código Tributário do Município (CTM) pelo aumento abusivo do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) de Goiânia.

Uma frente parlamentar ampla, composta por políticos de partidos e ideologias diferentes, irá se reunir com o promotor de Justiça, Fernando Krebs. A reunião será coordenada pelo deputado estadual Alysson Lima (Solidariedade) e o vereador Lucas Kitão (PSL). Os parlamentares que já confirmaram presença são os deputados Major Araujo (PSL), Adriana Accorsi (PT), Delegado Eduardo Prado (DC), Sérgio Bravo (Pros) e os vereadores de Goiânia Gabriela Rodart (DC), Mauro Rubem (PT) e Aava Santiago (PSDB)

Segundo o deputado Alysson Lima “A população não aguenta mais pagar impostos. Em São Paulo, o prefeito colocou travas de 10% no IPTU. Em Goiânia, a prefeitura está atualizando em quase 60%. Isso é arbitrário! O prefeito Rogério Cruz tem que recuar. Em 2018 já teve correção e, na sequência, teve o IPTU do puxadinho (aquele em que a prefeitura – na gestão de Iris Rezende -, colocou drones para sobrevoar a cidade e atualizar as construções dos imóveis)”, diz.

Manifestação contra o aumento abusivo

Durante uma manifestação em frente ao Paço Municipal na manhã de ontem (01), o deputado chegou a provocar o prefeito Rogério Cruz em relação aos seu secretariado “A caneta é tua ou é do grupo, prefeito?”. O secretário de Governo, Arthur Bernardes, e o de Finanças, Geraldo Lourenço, são os que estão sendo apontados pelos vereadores de Goiânia por serem responsáveis pelo aumento desproporcional “É revoltante saber que temos hoje em Goiânia um prefeito que governa para grupos poderosos, que está preocupado com o mercado imobiliário, preocupado com os grandes segmentos da cidade”, diz.

O promotor Fernando Krebs desde o início da discussão do CTM foi contrário a rápida tramitação do projeto na Câmara Municipal. Para ele “Nós devemos revogar todo o CTM e fazermos um novo. Com calma, com tempo e ouvindo as pessoas, pois esse que foi aprovado foi feito em 20 dias. Nós alertamos que daria o que acabou acontecendo em relação ao aumento abusivo”, pontua.

União contra o aumento do IPTU

Oposição da gestão de Rogério Cruz, o petista Mauro Rubem é autor de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) que exige a suspensão do CTM. Já a vereadora Gabriela Rodart (DC) é autora do pedido de impeachment do prefeito Rogério Cruz pelo crime de “estelionato processual tributário”. Já o vereador Lucas Kitão (PSL) apresentou um projeto de alteração ao CTM. Ele pede a revogação do Custo Unitário Básico (CUB) e a alteração do limitador do aumento do IPTU e ITU, de 45% para, no máximo até o limite inflacionário.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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