Prefeitura inicia trabalho de remoção de carcaças de veículos em Goiânia

Liberar as calçadas para o tráfego de pedestres e desobstruir as vias públicas da de Goiânia para facilitar o trânsito de veículos. É com este intuito que a Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Habitação (Seplanh) iniciou neste mês uma série de ações fiscais para apreender carcaças e peças de veículos depositadas irregularmente na Capital.

A ação, iniciada na região Noroeste, apreendeu somente na sexta-feira da semana passada, 14, oito carcaças que estavam depositadas no canteiro central e em parte da Avenida Comercial do Jardim Primavera, nas proximidades da Rodovia GO-070. No mesmo local, na terça-feira, 18, os auditores da Seplanh apreenderam outras duas novas carcaças depositadas durante o fim de semana.

“A população, sobretudo proprietários de oficinas, devem entender que os passeios públicos devem ficar livres de quaisquer objetos que impeçam o pedestre de transitar. Além disso, as vias públicas também devem garantir o livre fluxo de veículos”, afirma Carlos Antunes Júnior, superintendente da Seplanh.

De acordo com dados da Superintendência da Ordem Pública da Prefeitura de Goiânia, que coordena as ações de fiscalização, somente no primeiro semestre a Seplanh recolheu 30 carcaças em vários pontos da cidade e outras 20 após notificação da Seplanh. “Além dessas carcaças já retiradas, ainda temos em nossos cadastros cerca de 50 denúncias de depósito irregular na Capital. Nosso objetivo é, até o final do mês de agosto, vistoriar todos esses locais e proceder a notificação dos proprietários e retirar todas elas”, afirma Carlos Júnior.

Ações

Nesta sexta-feira (21) os auditores realizaram mais uma ação. Desta vez foram recolhidas quatro carcaças e dois veículos localizados na Rua Limeira, no Jardim Guanabara, na região Norte.

De acordo com Carlos Júnior, o proprietário do imóvel já havia sido notificado a respeito da irregularidade e, mesmo assim, continuava a manter as carcaças e os veículos no passeio público, fazendo com que os pedestres tivessem que caminhar na via destinada ao tráfego de veículos.

“Mesmo ciente das irregularidades, muitos proprietários ou responsáveis acreditam que não serão punidos ao depositar essas carcaças e peças em locais públicos. Entretanto, quando a Prefeitura de Goiânia realiza a apreensão eles são autuados e todo o ônus da apreensão é de responsabilidade do proprietário, com valores que podem variar de R$ 300 a R$ 600 reais, dependendo do tamanho da carcaça. Além disso, os responsáveis devem pagar a diária da carcaça ou veículo no Depósito Público Municipal”, afirma o superintendente.

A operação, que contou com o apoio da Secretaria Municipal de Trânsito, Transporte e Mobilidade (SMT) e de agentes da Guarda Civil Metropolitana, deverá ocorrer até o final do mês de agosto, quando, de acordo com o superintendente, todas as denúncias serão verificadas e outras vistorias serão realizadas.

O superintendente ressalta que a população pode denunciar o depósito irregular de carcaças e peças. “Precisamos muito da ajuda da população para executar esse serviço. Goiânia é uma cidade territorialmente grande e esse trabalho poderá ser executado de forma mais rápida e eficiente se a população nos ajudar. Vale lembrar que essas carcaças também são uma questão de segurança e saúde pública, pois inúmeras delas são utilizadas como esconderijo por bandidos e, com o período chuvoso, podem se tornar criadouros de mosquitos e potencializar os casos de dengue, zika e chikungunya”, ressalta.

As denúncias podem ser realizadas diretamente nas lojas de atendimento Atende Fácil e Vapt Vupt, no site da Prefeitura de Goiânia, em www.goiania.go.gov.br, ou através dos e-mails [email protected][email protected].

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Goiás tem quatro cidades entre as de maior fluxo turístico do Brasil

Levantamento divulgado pelo Ministério do Turismo (MTur), na quarta-feira, 18, mostrou que Goiás figura com quatro municípios (Caldas Novas, Rio Quente, Goiânia e Pirenópolis) na principal categoria do ranking que mede o fluxo turístico e os empregos gerados pelo setor, em todo o Brasil.

Os destinos turísticos goianos, inclusive, dividem espaço na categoria A com outros locais consagrados no cenário nacional, como Campos do Jordão (SP), Porto Seguro (BA) e Gramado (RS).

Mapa do Turismo

A cidade de Pirenópolis voltou a integrar a categoria A do levantamento, feito com base em todos os municípios brasileiros que integram o Mapa do Turismo. Atualmente, Goiás possui 91 municípios cadastrados formalmente no Mapa do Turismo.

Desse total, 40,7% estão distribuídos nas principais categorias, sendo: 4,4% na categoria A; 16,5% na B; 19,8% na C; e 59,3% na categoria D.

“Temos um grande desafio pela frente, que é o de formalizar os profissionais que lidam diretamente com o turismo e que fazem com que pouco mais da metade dos nossos destinos figurem na categoria D. Mesmo assim, temos que celebrar os avanços conquistados pelos demais municípios, que estão galgando melhorias neste quesito e estão ampliando a participação da receita local com o turismo. Ver Pirenópolis alcançado a principal categoria é motivo de muita alegria”, declara o presidente da Goiás Turismo, Fabrício Amaral.

Os índices de fluxo de turistas e de empregos formais gerados utilizados no mapeamento do Ministério do Turismo foram levantados pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e correspondem ao período de 2021.

Com base neste levantamento, os quatro municípios goianos que integram a principal categoria disponibilizavam na época 276 estabelecimentos de hospedagem (hotéis e pousadas), que geraram mais de 6 mil empregos diretos e contribuíram com os cofres públicos ao arrecadarem mais de R$11 milhões em impostos.

“Estamos diante de dados econômicos e de formalidade do setor que refletem o ano de 2021, ou seja, ainda dentro da pandemia. Nossa expectativa é que esse cenário seja redesenhado nos próximos levantamentos do Ministério do Turismo, pois vamos retratar um novo cenário, pós-pandêmico, onde o turismo goiano tem avançado a passos largos, acumulando recordes na formalização dos profissionais do setor, e de fluxo de turistas nos nossos destinos”, avalia o presidente da Goiás Turismo.

Um dado relevante da pesquisa é que Rio Quente, com apenas três estabelecimentos hoteleiros registrados foi responsável por arrecadar sozinha R$ 5,1 milhões em tributos e gerar quase dois mil empregos formais.

“Uma cidade que, em 2022, registrava quase 4 mil habitantes, ter quase 50% dos empregos destinados ao turismo é muito relevante. Juntamente com Caldas Novas, formam a região das Águas Quentes, um dos principais destinos turísticos do Brasil”, avalia Fabrício Amaral.

Em âmbito nacional, a pesquisa mostrou que houve um aumento de 151% no número dos municípios que passaram a integrar a categoria A do Mapa do Turismo Brasileiro, mostrando que em todo o país têm sido registrados avanços no setor.

O mapeamento permite ao poder público identificar pontos que merecem mais atenção para a promoção de políticas públicas, e entender melhor sobre o impacto econômico do segmento turístico em todo o Brasil, principalmente regionalmente.

Formalização do setor turístico em Goiás

Em novembro deste ano, Goiás bateu o recorde de adesão de profissionais no Cadastur, atingindo a marca de 8.200 registros e passando a liderar o ranking de cadastros no Centro-Oeste Brasileiro. O número de prestadores de serviços turísticos que atuam de forma legal no estado passou de 1,280 em 2019 para 8.200 em 2024.

O documento que comprova a legalidade de profissionais e empresas turísticas, garante segurança ao viajante e vantagens aos trabalhadores da área.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp