Veja o que muda na prova de vida do INSS

As regras para a prova de vida foram anunciadas na última quarta-feira (02), pelo INSS.

Na última quarta-feira (02), o Instituto Nacional do Seguro Social (02) anunciou uma série de mudanças na prova de vida para aposentados e pensionistas. Uma das mudanças foi a prova de vida que passará a ser feita por meio de cruzamento entre de dados do governo e não mais presencialmente.

Outra novidade divulgada pelo INSS é a da inversão lógica de comprovação. Ou seja, em vez do aposentado ou pensionista provar que está vivo, caberá ao INSS confirmar de que o segurado não morreu. Anteriormente, era necessário o segurado ir a uma agência bancária.

Prova de vida por meio digital

Antes das novas regras, os segurados com biometria facial com registro no Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) ou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) podiam fazer a prova de vida por meio digital, no aplicativo Meu INSS. Já os idosos a partir de 80 anos ou pessoas com dificuldade de locomoção podiam pedir visita em domicílio.

Agora, a ida ao banco será opcional. O INSS usará dados como votação em eleições, registros de transferências de bens; vacinação; consultas pelo Sistema Único de Saúde; ou renovação de documentos como RG, carteira de motorista ou passaporte.

Se alguma movimentação tiver acontecido nos dez meses posteriores ao aniversário do segurado, o INSS considerará o beneficiário vivo. Caso não haja nenhum movimento ou registro nesse período, o próprio órgão fará outras formas de comprovação de vida.

O mês de aniversário do segurado como data para a prova de vida não mudou. As novas regras já valem para todos que fazem aniversário após 2 de fevereiro.

Atualmente, cerca de 35 milhões de aposentados e pensionistas precisam provar, todos os anos, que estão vivos. Segundo o INSS As mudanças ocorreram para evitar ao máximo que idosos saem de casa e reduza as dificuldades do segurado com problemas de saúde. Ainda segundo o órgão, as novas regras serão implementadas gradualmente até 31 de dezembro.

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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