Boi explorado em fazenda de Piracanjuba viraliza e reacende polêmica sobre sofrimento animal

Imagens que apresentam um boi sendo explorado em uma fazenda próxima ao Trevo Floresta, na BR-153, em Piracanjuba (sudeste de Goiás), ganharam as redes sociais e chamaram atenção para causas de sofrimento animal.

No último sábado (5), o vídeo do animal preso a um equipamento agrícola ganhou destaque pela aparência cansada e comportamento abatido do animal durante a realização de uma tarefa.

Na postagem, Elessandra Cirilo divulga a situação do animal e expõe a revolta e frustração por se deparar com o que considerou um descaso com o animal.

“Em tempos de automação topo como uma cena triste dessa, o sofrimento deste animal que pede socorro! O local é no trevo floresta (após pedágio BR 153) entrando pra estrada de Piracanjuba/Go. Não sei mais o q dizer sobre… muito triste! Percebi que o boi estava exausto, todo dia ele passa por isso. Aff!”, escreveu.

Revolta

Nos comentários, alguns levantaram discussões sobre abuso animal e críticas ao uso do gado para fazer trabalhos possíveis com ferramentas de automação. Além de comentários que classificam a situação como “absurdo” ou “atitude desumana”, outros ainda destacam que o episódio é recorrente.

“Fica desse jeito há anos, lembro que a muito tempo atrás fui em Caldas e presenciei a mesma cena triste”, escreveu uma internauta.

Apesar da polêmica, a postagem explica que não houve nenhum contato com o proprietário do animal ou autoridades policiais que lidem com o o caso. A situação também provocou discussão. Uma das comentaristas exigiu posicionamento da autora da postagem e comentou que ela deveria ter questionado o proprietário ou alertado as autoridades sobre o caso. A autora do post, no entanto, se defendeu.

“Vou esclarecer: o local é praticamente uma roça (fica na BR), não existe polícia e mesmo que tivesse, nunca vi a Polícia fazer nada em prol dos animais. Eu estava de passagem, qdo parei pra comprar uma água, vi q o animal está sofrendo, questionei os moradores… trata-se de um costume… Queria q eu fizesse o que? Colocasse o boi dentro do carro? Aff! Cada comentário ridículo…ao invés de falar o que eu deveria fazer, vai lá e faz alguma coisa… A intenção da postagem é mostrar que mesmo em tempos modernos, ainda usam os animais para produzirem riquezas . Sou totalmente contra, mas o BOi não caberia dentro do meu carro e nem caberia no quintal da minha casa! Senão, teria trazido!”

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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