Após pesquisa eleitoral, Meirelles vira alvo de Luiz do Carmo

henrique meirelles e luiz do carmo

A única vaga para o Senado Federal neste ano está deixando os pré-candidatos à flor da pele. O senador Luiz do Carmo (sem partido) atacou o economista Henrique Meirelles (PSD), acusando-o de apoiar candidatos de centro-esquerda “Mesmo depois de ser eleito deputado por Goiás e não assumir para ser ministro do governo do PT, o mais corrupto da história, agora quer usar os goianos novamente para ser senador, escondendo que é cabo eleitoral de Lula e Dória”, afirma o político.

O pessedista é atualmente secretário de Fazenda e Planejamento do estado de São Paulo, na gestão de Dória. Na época do governo Lula, Meirelles ocupou a presidência do Banco Central entre os anos de 2003 e 2010.Do Carmo, que já declarou voto a Jair Bolsonaro (PL) para 2022, publicou em sua conta do Twitter uma matéria de 2021 na qual a manchete dizia que Meirelles estava cotado para ser vice de Lula para as eleições deste ano. Ele comentou “Meirelles quer vir ao Senado por Goiás. Esperamos que diga a verdade ao eleitor goiano e se assuma de esquerda. Cotado para vice de Lula, o ex-ministro se disse pronto para acompanhar o ex-condenado. Meirelles afirmou que é preciso diferenciar o Lula do PT. Agora o senhor não nos enganará mais. É uma vergonha para os goianos de bem. Não pense que esquecemos”, escreveu. Luiz do Carmo se refere ao fato de Meirelles ter sido o deputado federal mais bem votado pelo PSDB em 2002 com 183 mil votos e ter renunciado ao cargo para assumir o Banco Central.

A estratégia de Luiz do Carmo em associar o nome de Meirelles à Lula acontece em um cenário não favorável ao bolsonarismo em Goiás. Na pesquisa da Serpes/Acieg, Henrique Meirelles está à frente nas intenções de voto para o Senado com 11,1% contra 1% de Luiz do Carmo. Já para a presidência, Lula tem 40% e Bolsonaro 27,8%.
Luiz do Carmo chegou ao Senado Federal como suplente do governador Ronaldo Caiado (União Brasil). Ele assumiu o cargo em 2018 quando Caiado deixou o Congresso Nacional para assumir o governo de Goiás. Já o banqueiro Henrique Meirelles foi ministro da Fazenda no governo de Michel Temer (MDB) e concorreu à presidência da República em 2018.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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