O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ), através do promotor Rodrigo Terra, solicitou o afastamento da cúpula da CBF por irregularidades em uma assembleia geral realizada pela entidade em 23 de março. Depois de instaurar inquérito para investigar mudanças no estatuto do órgão, Terra chegou à conclusão que foram tratados assuntos de ordem eleitoral na reunião, que não contou com a presença dos clubes – o que violaria a transparência na administração e, desta forma, afetaria o Estatuto do Torcedor.
O promotor também pediu que as deliberações do encontro fossem anuladas. Caso a Justiça inicie o processo, o presidente Marco Polo del Nero e os vices-presidentes podem ser retirados de seus cargos cautelarmente. As informações foram antecipadas pelo site “Uol”.
A assembleia geral realizada em março, a princípio, só trataria de assuntos administrativos – e, por isso, os representantes das equipes não foram convocados, como previsto na Lei Pelé. Entrou na pauta, porém, uma mudança no estatuto que afetaria diretamente o processo eleitoral da CBF, diminuindo o poder dos clubes e aumentando a força das federações estaduais. Foram atribuídos pesos diferentes para as organizações regionais, clubes da primeira e da segunda divisões. Os votos das federações passaram a ter peso 3; os dos clubes da Série A, peso 2; e os das equipes da Série B, peso 1.
A investigação começou depois de o deputado Otavio Leite (PSDB-RJ), relator da lei de responsabilidade fiscal no futebol (Profut), entrar com uma representação no MP-RJ contra a assembleia dias depois do encontro. Na época, a CBF se defendeu em comunicado, alegando ter “respaldo jurídico para convocar assembleias-gerais administrativas só com a presença das 27 federações”, e “os clubes só devem participar das assembleias-gerais eleitorais”.
As informações são do Portal GloboEsporte