Câmara de Silvânia afasta prefeito sob suspeita de fraude

O afastamento do prefeito foi aprovado por unanimidade entre os 11 vereadores da cidade

A Câmara Municipal de Silvânia aprovou nesta terça-feira (15) o afastamento do prefeito Geraldo Luís Santana (PP) por 90 dias. Doutor Geraldo, como é conhecido, é investigado por fraudes em licitações feitas na contratação de serviço de tapa-buracos na cidade. A instalação da Comissão Parlamentar Processante (CPP) foi aprovada por unanimidade entre os 11 vereadores da cidade. O comando provisório do município ficará com o vice-prefeito, Estevão Colombo (PP), que será empossado pelo presidente da Câmara Municipal, Fábio André (PSC), nesta quarta-feira (16).

A CPP será presidida pelos vereadores Washington (PP), Hamilton (Pros) e Valdomir (PP). Durante 90 dias os parlamentares deverão apreciar o relatório e colocá-lo em votação no plenário.

Operação Ápate

A operação Ápate da Polícia Civil de Goiás (PC-GO) deflagrada no início deste mês, investiga o prefeito, Dr. Geraldo, secretários e a presidente da comissão de licitação. Já foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão e bloqueio de bens. O processo segue em segredo de justiça.

Em 2021 o prefeito já havia sido investigado por uma Comissão Especial de Inquérito (CPI) na Câmara por essas denúncias. Na época, o relatório de conclusão foi pelo pedido de impeachment, entretanto, foi recusado pelos vereadores.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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