INSS aprova avaliação social por videoconferência para pessoas com deficiência

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O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) autorizou a realização de avaliação social de pessoas com deficiência de forma remota em todo o país, por videoconferência, caso exista interesse do beneficiário.

A medida foi publicada no Diário Oficial da União, na última terça-feira (8). De acordo com a Portaria nº978, o serviço será disponibilizado nos canais remotos Meu INSS e Central de Atendimento 135, ”permitindo ao cidadão escolher a forma do atendimento, presencial ou remota”.

Dessa maneira, fica estabelecida a modalidade remota para o procedimento de avaliação social, obrigatório para a concessão do benefício assistencial de prestação continuada a pessoas com deficiência (BPC).

Os agendamentos indevidos, que não possuem relação com o Benefício Assistencial da Pessoa com Deficiência e que não tenham número do protocolo válido, poderão ser cancelados previamente pelas unidades.

Portaria

A publicação da portaria segue uma decisão anterior, já manifestada em junho de 2021 pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Nela, o Tribunal já autorizara a possibilidade do pedido de medida cautelar que determina, em caráter de teste, a modalidade remota para a realização da avaliação social.

A portaria diz que cabe às superintendências regionais a escolha das unidade que farão o atendimento de Avaliação Social da Pessoa com Deficiência – Remota, ”observando a capacidade de cada unidade para a realização do atendimento”.

Caso haja necessidade de unir de relatórios, pareceres ou outros documentos institucionais ou multiprofissionais para subsidiar a avaliação geral, será necessária a apresentação de um termo de consentimento por parte do beneficiário.

Além disso, documentos e formulários necessários ao processo deverão ser digitalizados e enviados ao profissional do serviço social, através do e-mail institucional.

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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