Bolsonaro participa de homenagem a soldados da antiga União Soviética

Jair Bolsonaro (PL) iniciou sua agenda oficial em Moscou, na Rússia, participando de uma cerimônia em homenagem a soldados da antiga União Soviética, nesta quarta-feira (16). As informações são da Folha.

O evento oficial é uma tradição com todo chefe de Estado que visita a Rússia. Na ocasião, uma coroa de flores é depositada no Túmulo do Soldado Desconhecido, que celebra a vitória comunista na Segunda Guerra Mundial.

O memorial foi construído em 1967 e guarda os restos mortais dos defensores de Moscou, que batalharam para impedir que o nazismo de Adolf Hitler dominasse a Rússia.

Foto: MAXIM SHEMETOV / POOL / AFP

“Somos solidários à Rússia”

Logo em seguida, Bolsonaro foi até o Palácio do Kremlin, sede do governo russo, para encontro com o presidente Vladimir Putin. Eles conversaram sentados em cadeiras próximas, após realizarem teste para Covid-19 que deram resultado negativo.

O presidente do Brasil chegou ao local por volta das 14h. Putin o recebeu no gabinete de representação, onde houve cumprimentos e uma conversa rápida entre eles.

Em sua fala, Bolsonaro afirmou que o Brasil é solidário à Rússia, sem uma menção política. Nós últimos dias, tem existido uma tensão na região da fronteira entra Rússia e Ucrânia, no leste europeu.

“Estou muito feliz e honrado por este convite. Somos solidários à Rússia. Queremos muito colaborar em várias áreas. Defesa, petróleo e gás, agricultura. As reuniões estão acontecendo. Tenho certeza que essa passagem por aqui é um retrato para o mundo que nós podemos crescer muito nas nossas relações bilaterais”, disse Bolsonaro.

Putin afirmou estar feliz com a presença de  Bolsonaro. “É uma alegria recebê-lo. Espero que nosso encontro seja produtivo”, declarou.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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