Mulheres são presas com 85 kg de drogas em duas fiscalizações da PRF, em Porangatu

Duas mulheres foram presas com 85 kg de drogas na noite desta quinta-feira (17), na BR 153, na unidade operacional da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Porangatu, já na divisa com o Tocantins. A apreensão aconteceu durante operação integrada da Fiscalização com Cães envolvendo PRF e a Polícia Militar de Goiás e do Tocantins.

A primeira apreensão aconteceu no final da tarde, por volta das 17h40, em um ônibus que seguia de Sinop (MT) até Fortaleza (CE). Enquanto cães farejavam as malas no bagageiro externo, policiais suspeitaram do nervosismo de uma das passageiras.

Embaixo da poltrona onde ela estava, foi encontrada uma mochila com pacotes de maconha e skunk – droga conhecida como supermaconha- embalada a vácuo. No mesmo momento, os cães indicaram duas malas onde foram encontrados 31 tabletes de skunk e 45 tabletes de maconha. Toda a droga, que pertencia à mesma passageira, somou 55 kg.

Segundo ela, o produto foi adquirido em Ponta Porã (MS) e seria deixado no Maranhão, sendo que ela receberia um pagamento em dinheiro pelo transporte.

Drogas em caixas térmicas

Outra apreensão aconteceu por volta das 23h. Um veículo de transporte de passageiros que seguia de Goiânia (GO) para Imperatriz (MA) foi parado pelas equipes policiais. Os cães farejadores indicaram duas caixas térmicas onde estavam acondicionados 30 kg de maconha misturados com café em pó, utilizado para camuflar o odor da droga.

Uma das passageiras assumiu a propriedade da droga e disse que pegou as caixas na rodoviária de Goiânia e levaria até o Maranhão, por encomenda do namorado.

As detidas assumiram que esta não era a primeira vez que transportavam drogas. Elas foram presas e levadas até a delegacia da Polícia Civil de Porangatu.

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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