Médico acusado de racismo será ouvido na próxima semana

O médico Márcio Antônio Souza Júnior, investigado pelo crime de racismo contra um funcionário de sua fazenda na Cidade de Goiás, será ouvido na próxima semana pelo delegado Joaquim Filho Adorno Santos, titular do Grupo Especializado no Atendimento às Vítimas de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Geacri), em Goiânia.

O depoimento estava marcado para a quinta-feira (17) na delegacia da Cidade de Goiás, mas a defesa solicitou adiamento para esta sexta-feira (18). Contudo, com o envio do procedimento policial para o Geacri, a oitiva foi remarcada.

“Temos muitos casos em andamento, mas ele será ouvido até a próxima sexta-feira”, garante o delegado. O médico divulgou vídeo nas redes sociais dele com um funcionário da fazenda, cujo nome não foi divulgado, utilizando grilhões no pescoço, punhos e tornozelos. O funcionário de Márcio estaria sendo punido por não trabalhar corretamente e que por isso, segundo dizeres do médico, o funcionário ficaria na senzala.

Depois da repercussão do vídeo que viralizou e ganhou o noticiário nacional, Márcio Júnior disse que tudo não passou de uma “brincadeira” e disse que foi o próprio funcionário que colocou os grilhões. O crime de racismo prevê pena de reclusão de até 5 anos.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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