O médico Márcio Antônio Souza Júnior, investigado pelo crime de racismo contra um funcionário de sua fazenda na Cidade de Goiás, será ouvido na próxima semana pelo delegado Joaquim Filho Adorno Santos, titular do Grupo Especializado no Atendimento às Vítimas de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Geacri), em Goiânia.
O depoimento estava marcado para a quinta-feira (17) na delegacia da Cidade de Goiás, mas a defesa solicitou adiamento para esta sexta-feira (18). Contudo, com o envio do procedimento policial para o Geacri, a oitiva foi remarcada.
“Temos muitos casos em andamento, mas ele será ouvido até a próxima sexta-feira”, garante o delegado. O médico divulgou vídeo nas redes sociais dele com um funcionário da fazenda, cujo nome não foi divulgado, utilizando grilhões no pescoço, punhos e tornozelos. O funcionário de Márcio estaria sendo punido por não trabalhar corretamente e que por isso, segundo dizeres do médico, o funcionário ficaria na senzala.
Depois da repercussão do vídeo que viralizou e ganhou o noticiário nacional, Márcio Júnior disse que tudo não passou de uma “brincadeira” e disse que foi o próprio funcionário que colocou os grilhões. O crime de racismo prevê pena de reclusão de até 5 anos.