Americanas e Submarino apresentam falhas no acesso e estão fora do ar

Dois dos sites de compras online mais conhecidos do Brasil estão fora do ar na manhã deste sábado (19). Para muitos usuários, os aplicativos das Americanas e do Submarino, ambos da B2W, não estão carregando e apresentam mensagem de erro de DNS. Quando carregam, o conteúdo aparece incompleto, o que impossibilita o uso.

De acordo com o Downdetector, o Submarino apresenta falha desde às 0h30 deste sábado, tendo normalizado brevemente às 5h45 e se mantido instável. Os números de reclamações de dificuldade de acesso ao site e aplicativo dispararam logo em seguida.

Internautas chegaram até tentar abrir o site das lojas, mas acabaram sendo redirecionados às plataformas online de entretenimento adulto.

Instabilidade pode ter relação com hackers

Um grupo famoso por hackear sites conhecidos, como os do Ministério da Saúde e da Claro, mencionou o incidente em seu grupo no Telegram. O LAPSUS$ falou com ironia sobre o acesso ao site, mas não admitiu a autoria do ataque.

“Acho que Americanas e Submarino, sites de compras da B2W, tem alguns problemas”, diz a mensagem, postada às 2h52 da manhã deste sábado.

Os sites ainda não se manifestaram sobre o que estaria provocando a dificuldade no acesso.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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