Petrópolis: veja os números da tragédia e como ajudar as vítimas

Com o desafio do tempo instável, o Corpo de Bombeiros continuam nas buscas por desaparecidos em Petrópolis, região Serrana do Rio de Janeiro. A previsão deste domingo (20) é de sol com nuvens, mas também com 90% de chance de chuva. Isso atrapalha os trabalhos de resgate e aumenta o risco de novos deslizamentos.

Equipes dos bombeiros cariocas e de outros estados, como Maranhão e Goiás, se dividem em três áreas principais de atuação. Trata-se dos setores Alfa, Bravo e Charlie. As regiões mais afetadas são o Morro da Oficina, Rua Tereza, Alto da Serra, Chácara Flora, Vila Felipe e Caxambu.

De acordo com a última atualização da Polícia Civil do Rio (PC-RJ), até o início da manhã deste domingo (20), 152 pessoas foram resgatadas já sem vida, outras 165 ainda estavam desaparecidas e 967, desabrigadas.

Quatro bombeiros militares de Goiás e três cães farejadores ajudam no resgate de vítimas do temporal e dos deslizamentos. Ao todo, cerca de 500 militares trabalham nas buscas. A orientação é que a população não faça esse trabalho por conta própria.

Os cães são altamente treinados para o resgate de vítimas (Imagem: Corpo de Bombeiros de Goiás)

Doações

Para tentar amenizar o sofrimento dos desabrigados e desalojados, o Ministério de Desenvolvimento Regional anunciou na última sexta-feira (18), a liberação de R$ 2,33 milhões para assistência à população afetada.

O governo dos Estados Unidos afirmou neste sábado (19) que vai doar R$ 520 mil para ajudar as famílias atingidas pelo temporal em Petrópolis (RJ). O comunicado foi feito por meio da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid). O recurso será usado para distribuir alimentos, kits de higiene pessoal e limpeza às famílias desabrigadas.

A Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais do Rio mandou um caminhão, com cozinha e espaço para lavar roupa e prestar atendimento psicológico.

Pontos de doações

A igreja São José, na Zona Sul do Rio, está aberta para receber as doações.

A Ação Cidadania está com postos montados em shoppings cariocas. A equipe prepara refeições para os desabrigados.

Locais de acolhimento da população e recebimento de doações:

  • Centro de Educação Infantil Chiquinha Rolla
  • Escola Estadual Augusto Meschick
  • Escola Municipal Alto Independência
  • Escola Municipal Ana Mohammad
  • Escola Municipal Doutor Paula Buarque
  • Escola Municipal Doutor Rubens de Castro Bomtempo
  • Escola Municipal Duque de Caxias
  • Escola Municipal Governador Marcello Alencar
  • Escola Municipal Odette Fonseca
  • Escola Municipal Papa João Paulo II
  • Escola Municipal Rosalina Nicolay
  • Escola Municipal Stefan Zweig
  • Escola Paroquial da Igreja Bom Jesus
  • Quadra do Boa Esperança Futebol Clube
  • Paróquia São Paulo Apóstolo no bairro de Copacabana

Relembre o caso:

Na última terça-feira (15) um temporal causou mais de 180 deslizamentos de morros em Petrópolis, no Rio de Janeiro. No Alto da Serra, a força da enxurrada carregou carros e destruiu casas, deixando centenas de famílias desabrigadas.

Outras regiões também foram atingidas, como 24 de Maio, Caxambu, Sargento Boening, Moinho Preto, Vila Felipe, Vila Militar e as ruas Uruguai, Washington Luiz e Coronel Veiga.

Quem tiver parentes desaparecidos deve procurar a delegacia. Em caso de emergência, a Defesa Civil deve ser acionada pelo telefone 199.

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Policial Militar é indiciado por homicídio doloso após atirar em estudante de medicina

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que as câmeras corporais registraram a ocorrência. O autor do disparo e o segundo policial militar que participou da abordagem prestaram depoimento e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações. A investigação abrange toda a conduta dos agentes envolvidos, e as imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
 
O governador Tarcísio de Freitas, de São Paulo, lamentou a morte de Marco Aurélio por meio de rede social. “Essa não é a conduta que a polícia do Estado de São Paulo deve ter com nenhum cidadão, sob nenhuma circunstância. A Polícia Militar é uma instituição de quase 200 anos, e a polícia mais preparada do país, e está nas ruas para proteger. Abusos nunca vão ser tolerados e serão severamente punidos,” disse o governador.
 
O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Claudio Silva, avalia que há um retrocesso em todas as áreas da segurança pública no estado. Segundo ele, discursos de autoridades que validam uma polícia mais letal, o enfraquecimento dos organismos de controle interno da tropa e a descaracterização da política de câmeras corporais são alguns dos elementos que impactam negativamente a segurança no estado. O número de pessoas mortas por policiais militares em serviço aumentou 84,3% este ano, de janeiro a novembro, na comparação com o mesmo período do ano passado, subindo de 313 para 577 vítimas fatais, segundo dados divulgados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) até 17 de novembro.
 
O Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do MPSP faz o controle externo da atividade policial e divulga dados decorrentes de intervenção policial. As informações são repassadas diretamente pelas polícias civil e militar à promotoria, conforme determinações legais e resolução da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP).

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