Bombeiros goianos continuam buscas por vítimas dos deslizamentos, em Petrópolis

Bombeiros goianos continuam nas buscas por vítimas dos deslizamentos, em Petrópolis

Nesta terça-feira (22) o Capitão Higor Mendonça, do Corpo de Bombeiros de Goiás e sua equipe foram encaminhados para um segundo ponto de buscas em Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro, após um dos cães farejadores encontrar uma vítima no primeiro local em que a equipe foi designada.

O segundo local de buscas é chamado Vila Felipe, onde, segundo o Capitão, várias casas foram afetadas e, por isso, podem estar soterradas várias vítimas. Em vídeo publicado pelo Corpo de Bombeiros de Goiás, Higor Mendonça afirmou que os bombeiros goianos irão trabalhar em conjunto com equipes locais de resgate, que já estão trabalhando desde a última sexta-feira.

Relembre os acontecimentos

Na tarde da última terça-feira (15), um temporal causou mais de 180 deslizamentos de morros em Petrópolis, no Rio de Janeiro. No Alto da Serra, a força da enxurrada carregou carros e destruiu casas, deixando aproximadamente 80 famílias desabrigadas.

Outras regiões também foram atingidas, os momentos dos temporais e dos deslizamentos de terra foram registrados por vários moradores da região. Segundo a última atualização da Polícia Civil do Rio de Janeiro, cerca de 152 pessoas foram resgatadas já sem vida, outras 165 ainda estavam desaparecidas e cerca de 967 pessoas estão desabrigadas.

Reforço das equipes de bombeiros goianos

Na última sexta-feira (18) uma equipe do corpo de bombeiros militar goiano foi enviada a Petrópolis para ajudar na intensificação dos trabalhos de busca e resgate nas áreas afetadas pelas fortes chuvas da última terça-feira.

A equipe que compõe a força-tarefa saiu da 2ª Companhia Independente Bombeiro Militar, de Anápolis, e conta com quatro bombeiros, três cães farejadores e uma viatura. Além disso, o avião da corporação também está participando da operação.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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