Apreensão de cigarros eletrônicos aumenta 600% em 2022

Levantamento da Receita Federal e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) aponta crescimento de mais de 600% no volume de cargas de cigarros eletrônicos contrabandeados, que foram apreendidos em Goiás. A porcentagem leva em consideração a soma dos dois anos anteriores. Para se ter ideia da escalada, o total recuperado somente em janeiro de 2022 já ultrapassa aquele registrado durante os 12 meses de 2020.

O cigarro eletrônico é produzido na China, de onde é exportado para o Paraguai. Ele entra no Brasil pelos estados de fronteira, Paraná e Mato Grosso do Sul. Para a polícia, o aumento nas apreensões indica maior comercialização e uso mais intenso do produto no país. No entanto, eles são autorizados pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Diferente do que muitos pensam, o cigarro eletrônico não é inofensivo. Ele está associado a problemas de saúde e à dependência química. De acordo com a médica pneumologista, Fernanda Miranda, o uso pode ser ainda mais nocivo do que o do cigarro convencional.

“O cigarro eletrônico nada mais é do que um outro dispositivo para que as pessoas usem a nicotina e outras substâncias. Vale ressaltar que a nicotina é uma droga que tem alto poder de vício. Então, a utilização de cigarros eletrônicos pode levar à dependência ou à codependência química”, ressalta a médica.

Doenças

Apesar de parecer inofensivo, os cigarros eletrônicos liberam substâncias tóxicas, que podem causar graves doenças.

“Estima-se que as baterias usadas para que este dispositivo funcione, também liberem substâncias tóxicas durante a inalação. A ciência já tem bem documentado, injúria pulmonar e lesão pulmonar grave associada ao uso dos cigarros eletrônicos. Essa doença se chama EVALI – Injúria Aguda Pulmonar Causada pela Vaporização. É uma doença grave. Então, a dependência química, a nicotina e a inalação de substâncias químicas são o suficiente para nós afirmarmos que cigarros eletrônicos são nocivos à saúde. E aparentemente tão nocivo quanto o cigarro convencional”, explicou Fernanda.

Ainda de acordo com a médica, o aumento da comercialização dos cigarros eletrônicos pode estar relacionado ao público jovem, que associa o dispositivo ao status social, “uma forma de apresentar para a sociedade como algo moderno, tecnológico”. Mas isso é apenas uma articulação da indústria do tabaco. Quando ela viu que estava perdendo com o cigarro comum, com as limitações e restrições em locais fechados, ela logo tratou de inventar uma nova forma de continuar entregando a nicotina”, concluiu a especialista.

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Funcionário furta R$ 1,5 milhão de banco no ES e tenta fugir para o Uruguai

Um funcionário do Banco do Brasil no Espírito Santo foi flagrado pelas câmeras de segurança furtando R$ 1,5 milhão da tesouraria da agência Estilo, localizada na Praia do Canto, em Vitória. O crime ocorreu no dia 14 de novembro, quando Eduardo Barbosa Oliveira, concursado há 12 anos, deixou o local carregando o dinheiro em uma caixa de papelão por volta das 17h.

De acordo com a Polícia Civil, o furto foi planejado por Eduardo e sua esposa, Paloma Duarte Tolentino, de 29 anos. A dupla chegou a alterar a senha do cofre, adquiriu um carro para a fuga e embalou objetos pessoais, sugerindo uma mudança iminente.

Após o crime, os dois tentaram fugir percorrendo mais de 2.200 quilômetros até Santa Cruz, no Rio Grande do Sul, com o objetivo de cruzar a fronteira com o Uruguai. Contudo, foram presos no dia 18 de novembro graças à colaboração entre a polícia e a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Compra do carro com dinheiro furtado

Durante as investigações, a polícia descobriu que Paloma esteve na agência no dia do furto para depositar R$ 74 mil, parte do valor roubado, e utilizou esse dinheiro para comprar o veículo usado na fuga. Com as informações obtidas na concessionária, as autoridades identificaram o carro e conseguiram localizar o casal, prendendo-os no mesmo dia.

O caso foi denunciado pelo próprio Banco do Brasil após perceber a ausência do montante em seus cofres.

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