Homem é morto com 40 facadas; suspeitos queriam roubar R$ 20 mil

Uma jovem de 23 anos foi presa e dois adolescentes, de 16 e 17 anos, apreendidos suspeitos de torturar e matar João Adilson da Silva, 46 anos, em Rio Verde, no Sudoeste de Goiás.  A prisão aconteceu na última quarta-feira (23), mas o crime foi cometido no dia 10 deste mês.

De acordo com o delegado Adelson Candeo, os suspeitos queriam roubar R$ 20 mil que a vítima disse que tinha, mas, esse dinheiro nunca existiu. Os três confessaram o crime durante depoimento.

Segundo a investigação, a suspeita chamou a vítima para sair e a levou até a casa onde os menores estavam à espera. Eles pediram que o homem transferisse o dinheiro para a conta deles.

“Os menores que deram os golpes de faca no pescoço da vítima e o arrastaram para dentro da casa. Lá, o torturaram para obter a senha do telefone e da conta, desferiram vários golpes pelo corpo dele”, explica o delegado.

Os adolescentes retiraram o corpo de João da casa, levaram até o carro dele e o deitaram no banco traseiro para despachar em outro local. Segundo o delegado, os acusados não pretendiam matar a vítima. Quando perceberam que João estava quase morto, abandonaram o corpo dele em um bairro afastado da cidade.

Um lado da perícia médica apontou que a vítima teve ao menos 40 perfurações de faca na região do tórax, abdômen e pescoço e pode ter agonizado no local por horas. O corpo teria sido abandonado por volta das 21h do dia 10 e a morte foi constatada às 2h do dia 11.

Os suspeitos levaram o celular da vítima e o carro, que foi encontrado dois dias depois. A mulher responderá pelo crime de homicídio qualificado, subtração de veículo e dos pertences da vítima, além de corrupção de menores.

Ela se encontra presa no presídio feminino de Serranópolis, no sudoeste goiano. Segundo a polícia, os menores permanecem apreendidos.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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