Médico será indiciado por racismo e pode ser condenado a até 5 anos de prisão

Médico será indiciado por racismo e pode ser condenado a até 5 anos de prisão

O médico Márcio Antônio Souza Júnior, que divulgou em suas redes sociais um vídeo de um funcionário usando grilhões no pescoço, pés e mãos e fazendo alusão ao trabalho escravo e a uma senzala, será indiciado por racismo e pode ser condenado a até 5 anos de prisão. A informação é do titular do Grupo Especializado no Atendimento às Vítimas de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Geacri), da Polícia Civil, delegado Joaquim Filho Adorno Santos.

Em depoimento prestado esta semana, o médico admitiu o que chamou de erro e disse que fez uma “brincadeira infeliz” com um funcionário que trabalha como caseiro em sua fazenda na Cidade de Goiás. Segundo Adorno, o próprio empregado entende que foi uma brincadeira, mas além dele ser vítima, o crime tem como vítima também toda a coletividade.

A Polícia Civil deve concluir o inquérito em até 15 dias. “A investigação já está bem adiantada e já temos quase todos os elementos para conclusão do inquérito”, conta o delegado. Para ele, este indiciamento é importante porque é um posicionamento oficial das autoridades sobre esse tipo de comportamento.

“A Polícia Civil entende, através do Geacri, que o racismo recreativo não é brincadeira. É crime e como todo crime deve ser apurado e o autor penalizado”, explicou.

Desde sua criação em agosto de 2021, o Geacri já instaurou 70 inquéritos e recebeu inúmeras denúncias e registrou TCOs. Em 2022, já chegou a 45 inquéritos instaurados. Somente em casos do crime de racismo, passou de 60 casos, sem contar os que já foram concluídos e remetidos à Justiça, cerca de 20 casos, segundo Adorno.

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Empresário morre após acidente com cavalo em Pirenópolis

Um empresário de 39 anos faleceu após cair de um cavalo e ser arrastado pelo animal na zona rural de Pirenópolis, região central de Goiás. O acidente aconteceu na manhã da última segunda-feira, 23, no povoado de Caxambú. Bruno Carvalho Mendonça foi levado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu na quarta-feira, 25.

De acordo com a Polícia Militar, testemunhas relataram que Bruno saiu para cavalgar por volta das 8h e sofreu a queda algumas horas depois. Ele ficou preso ao cavalo e foi arrastado até a sede de uma fazenda, onde foi encontrado inconsciente e apresentando sinais de convulsão.

Ferimentos graves
O Corpo de Bombeiros foi acionado e realizou os primeiros socorros no local. Bruno foi levado inicialmente para uma unidade de saúde em Anápolis, onde foi constatado que ele apresentava ferimentos graves e queimaduras provocadas pelo atrito com o solo.

Posteriormente, o empresário foi transferido em estado grave para o Hospital Santa Mônica, em Aparecida de Goiânia, mas não resistiu aos ferimentos.

O caso foi registrado como queda acidental, mas será investigado pela Polícia Civil para esclarecer as circunstâncias do ocorrido.

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