Ucrânia vai soltar prisioneiros com experiência militar para lutar contra Rússia

Em comunicado nesta segunda-feira (28), o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que o país irá soltar prisioneiros com experiência militar que aceitem lutar contra as tropas russas.

“Dedicamos cada minuto à luta pelo nosso Estado. Todos que podem se juntar à luta contra os invasores devem fazê-lo”, disse o chefe ucraniano.

No começo da invasão, na última quinta-feira (24), o ministro da Defesa ucraniano, Oleksii Reznikov, disse que qualquer cidadão que saiba segurar uma arma pode ser unir aos militares do país para lutar contra a Rússia.

O anúncio do presidente ucraniano acontece no mesmo dia em que delegações da Rússia e da Ucrânia se reúnem em uma tentativa de negociar um possível cessar-fogo entre os países. É a primeira vez que dois representantes das duas nações se encontram desde que o conflito começou. O diálogo acontece na fronteira da Ucrânia com Belarus.

O governo russo de Vladimir Putin disse esperar que as conversas comecem logo, mas não quis dizer quais são os objetivos do encontro. Já o governo ucraniano, além de interrupção dos conflitos, espera que a reunião negocie a saída das tropas russas que invadiram o país.

Conflito entre os países

Já são cinco dias em luta armadas. Tudo começou após um embate entre a Rússia e a Ucrânia sobre a possível adesão ucraniana na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliança militar liderada pelos Estados Unidos. Para Moscou, essa adesão será uma possível ameaça à sua segurança.

As tropas russas iniciaram, na madrugada da última quinta-feira (24), uma ampla operação militar para invadir a Ucrânia. A capital do país, Kiev, e a usina Chernobyl foram invadidas por militares russos.

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Yamandú Orsi, conheça o novo presidente do Uruguai

Yamandú Orsi, um esquerdista de 57 anos, foi eleito presidente do Uruguai no domingo, 24, com 49.3% dos votos. Orsi, que é membro da Frente Ampla, derrotou o candidato conservador Álvaro Delgado, que obteve 46.4% dos votos.

Orsi já foi professor de história e ex-governador do departamento de Canelones, o segundo maior do Uruguai. Ele é considerado um pupilo político do ex-presidente José Mujica, que apoiou sua campanha eleitoral. Durante sua campanha, Orsi destacou temas como a causa ambiental, o apoio aos pequenos produtores e a inclusão social.

Orsi prometeu uma política baseada no diálogo e afirmou que não faria mudanças radicais no país. Assim como Mujica, ele expressou preferência por uma vida no campo e um estilo de vida sem luxo, não planejando morar no Palácio Estévez, a tradicional residência dos chefes de Estado do Uruguai.

Antes do resultado oficial, o presidente brasileiro Lula parabenizou Orsi pelas projeções que indicavam sua vitória. “Quero congratular o povo uruguaio pela realização de eleições democráticas e pacíficas e, em especial, o presidente eleito Yamandú Orsi, a Frente Ampla e meu amigo Pepe Mujica pela vitória no pleito de hoje”, escreveu Lula no X (antigo Twitter). “Essa é uma vitória de toda a América Latina e do Caribe. Brasil e Uruguai seguirão trabalhando juntos no Mercosul e em outros fóruns pelo desenvolvimento justo e sustentável, pela paz e em prol da integração regional.”

Com a vitória de Orsi, o Uruguai volta a ter um presidente de esquerda após cinco anos de administração do presidente Luis Lacalle Pou, de centro-direita. A posse de Orsi está marcada para 1º de março de 2025.

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