Chef denuncia cerimonialista por injúria e ameaça após festa de casamento, em Anápolis

Um cerimonialista está sendo investigado pela Polícia Civil (PC), após ser denunciado por um chef de cozinha por injúria e ameaça durante um casamento, em Anápolis. Valeriano Filho, que já respondeu processo por injúria contra uma diarista, enviou áudio ao chef Weslei Peres, chamando-o de “lixo” e até “pobre favelado”, depois de trabalharem juntos em festa de matrimônio no último dia 13 de fevereiro.

O chef diz que recebeu áudios do cerimonialista falando do trabalho que realiza, além de ofender sua imagem profissional. Entretanto, Weslei conta que parte foi apagada depois de anunciar que divulgaria a conversa.

“Você não é nada, você é um lixo. Nem festinha faz. Nem panela tem para cozinhar, não tem material. Eu sou Valeriano Filho, chiquérrimo, de uma família chiquérrima. Tenho nome na cidade. Eu vou acabar com seu trabalho. Você não vai fazer evento nenhum em Anápolis. Lixo. Dono de buffet mequetrefe. Pobre favelado e pai de filhas que não prestam”, disse Valeriano nos áudios em que mandou para Weslei.

Caso diarista

Esta não é a primeira vez que o cerimonialista é denunciado por injúria. Em 2020, a diarista Maria José de Souza Marques também entrou com processo contra Valeriano Filho, após ser chamada de “gentalha” e dizer que iria cuspir na cara da mulher se a visse na rua, depois de desmarcar uma faxina. Assim como fez com o chef, Valeriano enviou áudios para a diarista com ofensas.

“Tenho ódio de me misturar com gentalha como você. No dia que eu te ver na rua, gentalha, vou cuspir na sua cara”.

No processo que corre no site do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ), os dois entraram em um acordo, em 16 de fevereiro. Valeriano vai pagar R$ 2 mil à diarista, divididos em quatro parcelas iguais, e os autos serão arquivados.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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