Na Assembleia Geral da ONU, nesta segunda-feira (28), o Brasil pediu o fim dos conflitos na Ucrânia. Apesar de o discurso ter seguido uma linha de neutralidade, comum ao histórico diplomático brasileiro recente, o embaixador do Brasil na Organização das Nações Unidas, Ronaldo Costa Filho, defendeu o cessar-fogo. No domingo (27), Jair Bolsonaro afirmou que o país se manterá neutro diante da situação.
“Estamos em um movimento rápido das tensões, que podem colocar toda a humanidade em risco , mas ainda temos tempo para parar com isso”, afirmou o embaixador do Brasil na ONU, Ronaldo Costa Filho. Adiante, acrescentou que “o Brasil reitera seu pedido para um cessar -fogo na Ucrânia e o respeito à Lei Humanitária Internacional”.
O embaixador brasileiro lembrou que centenas de milhares de ucranianos já fugiram do país e pediu atenção a ações que possam prejudicar economias e a segurança alimentar de pessoas, por exemplo. “Pedimos a todas as partes envolvidas que evitem esse cenário a todo custo, tendo em mente os graves riscos que se impõem à população civil”, pontuou, pedindo ainda a garantia de acesso à ajuda humanitária e proteção de refugiados. O embaixador Ronaldo Costa Filho ainda agradeceu a países vizinhos à Ucrânia, como a Polônia, por receberem brasileiros e latino-americanos que tentam fugir do conflito.
Na reunião extraordinária da Assembleia nesta segunda-feira, os 193 países integrantes das Nações Unidas poderão se posicionar. Cada um votará sobre a condenação da Rússia, por conta da invasão ao território da Ucrânia. Como resultado do encontro, não é esperada nenhuma ação concreta contra a guerra, como seria possível na reunião do Conselho de Segurança da ONU. Ainda assim, o encontro tem peso político, já que reúne tantos países para discutirem sobre o conflito.