Nesta quarta-feira (2) foi aprovada uma resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) contra a invasão russa da Ucrânia. Os discursos aconteciam há cerca de três dias no Fórum da Assembleia Geral das Nações Unidas, com a presença de mais de 100 países pedindo por “paz e segurança”.
A resolução foi aprovada com 141 votos à favor, 5 contra e 35 abstenções. O Brasil votou à favor junto a maioria. Os países que votaram contra foram Rússia, Belarus, Síria, Coreia do Norte e Eritreia. Entre os que se abstiveram estão a China, Iraque, Índia e Cuba.
Ao votar à favor, o Brasil fez um alerta:
“A resolução é um apelo à paz da comunidade internacional. Mas a paz exige mais do que o silêncio das armas e a retirada das tropas. O caminho para a paz requer um trabalho abrangente sobre as preocupações de segurança das partes”.
Parte da comunidade internacional diz que a Rússia violou o artigo 2 da Carta das Nações Unidas, que pede aos seus membros para não recorrerem a ameaças ou à força para solucionar conflitos.
A maioria dos oradores da Assembleia condenou a guerra e o risco do conflito armado, num momento em que o mundo começava a se recuperar dos incontáveis estragos da pandemia de Covid-19.
O texto da resolução foi promovido pelos países europeus e Ucrânia e sofreu várias alterações nos últimos dias para chegar a um acordo mínimo aceitável para os mais relutantes.
“A resolução deixou de ‘condenar’, como estava inicialmente previsto, para ‘deplorar nos mais fortes termos a agressão da Rússia contra a Ucrânia’”, disseram.
Apesar de soar como condenação, a resolução é não vinculante, ou seja, os países não são obrigados a fazer nada a partir dela. Sua importância, portanto, é política, já que mostra como a maioria dos países vê a invasão promovida por Moscou.
O presidente Ucraniano, Volodymyr Zelensky, em suas redes sociais, agradeceu aos votos que aprovaram a resolução contra a guerra promovida pela Rússia e declarou: “O mundo está conosco. A verdade está do nosso lado. A vitória será nossa 🇺🇦 !”.