Entenda motivo da queda do preço do etanol em plena entressafra goiana

A gasolina em Goiás já pode ser encontrada por R$ 7,49. O valor usado para calcular o ICMS está congelado em R$ 6,55.

Na contramão da expectativa de aumento no preço dos combustíveis, o valor do etanol sofreu queda expressiva em Goiás. De acordo com presidente do Sindiposto, Márcio Andrade, um dos motivos dessa retração se dá pela baixa procura pelo combustível.

Vale ressaltar que o etanol é produzido em várias usinas diferentes, portanto, seu preço não é controlado pela Petrobrás. “São várias usinas e cada uma coloca seu preço, apesar da cotação”, explicou Márcio.

Ainda de acordo com o presidente do Sindiposto, os condutores deixaram de abastecer com etanol em função dos reajustes que elevaram dos combustíveis nos dois últimos meses do ano passado. Com isso, as usinas reduziram o preço para liberar o estoque, visto que a safra de cana-de-açúcar, matéria prima do etanol, começa no final mês.

“Desde de o início do ano passado o preço do etanol começou a subir muito juntamente com os outros combustíveis. Assim o etanol deixou de ser vantajoso para o consumidor, passando dos 70% em relação a gasolina. Aí o consumo do etanol caiu muito, a oferta aumentou e as usinas precisaram reduzir seus presos para desovar o estoque. A safra começa agora no final de março, início de abril e elas precisam ter espaço para receber a nova safra”, explicou Márcio Andrade.

Para ele, a concorrência entre os donos de postos contribuiu para uma queda mais expressiva. “Muitos postos reduziram seus preços nas bombas, mais do que o repassado pelas distribuidoras.” Com isso, de novembro do ano passado para março deste ano, em alguns postos, a redução passou de R$1.

Levantamento feito pelo Diário do Estado, aponta retração de até 70 centavos na região metropolitana . Em Aparecida de Goiânia, o litro do etanol pode ser encontrado por até R$4,19, já em Goiânia, o valor mínimo encontrado foi de R$ 4,29. Em Jataí, região sudoeste de Goiás, o combustível é encontrado por R$ 4,53, em Luziânia, Entorno do Distrito Federal, o litro do etanol chega a R$ 4,09.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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