Crise na Casa Branca ameaça se espalhar e atingir outros assessores de Trump

Há menos de 30 dias da posse do presidente Donald Trump, a crise na Casa Branca ameaça se espalhar. O FBI – polícia federal norte-americana -, agências de inteligência e o Congresso dos Estados Unidos estão investigando o possível envolvimento de outros conselheiros, que ocupam altos postos no atual governo, com autoridades da Rússia durante as eleições presidenciais de 2016.

As investigações sobre o assunto começaram há algumas semanas e atingiram o auge com a saída do conselheiro de Segurança Nacional, Michael Flynn, que foi obrigado a pedir demissão na segunda-feira (13). Segundo a Casa Branca, Michael Flynn induziu a erro o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, ao mentir sobre a verdadeira dimensão de seus contatos com a embaixada russa em Washington. Antes de o assessor pedir demissão, Mike Pence chegou a dar várias entrevistas defendendo Michael Flynn e negando os contatos entre o ex-conselheiro da Casa Branca e os russos.

Em meio à crise, parlamentares dos partidos Republicano e Democrata disputam para tomar a frente das investigações no Congresso Nacional. Alguns republicanos vêm demonstrando preocupação com a possibilidade de que outros membros do gabinete de Trump tenham mantido contato frequente com oficiais russos de inteligência ao longo do ano passado. Mas os republicanos, que são maioria no Congresso, por enquanto ainda não estão aceitando a proposta dos democratas de fazer uma investigação mais profunda, com poderes para entrevistar membros do governo e ter acesso a documentos secretos. A ideia é conduzir um exame independente sobre os contatos entre os que hoje ocupam posições chave no governo e autoridades russas. Eles ainda consideram que três grupos que examinam o assunto no Congresso são suficientes.

A preocupação dos congressistas, porém, não é acompanhada pelo porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, que deu entrevista nessa terça-feira (15) dizendo que “não houve contatos pré-eleitorais” entre a equipe Trump e as autoridades russas. Mas as palavras de Spice estão sendo relativizadas pela imprensa norte-americana, que lembra que, no mês passado, portanto antes da saída de Michael Flynn, Donald Trump também tinha negado qualquer contato entre seus assessores e os russos.

O pedido de demissão de Michael Flynn não foi o primeiro caso que mostrou afinidades entre assessores de Trump e os russos. No fim de agosto do ano passado, Paulo Manafort, então coordenador da campanha eleitoral de Donald Trump, renunciou à função depois de revelações de que sua empresa fazia um lobby secreto em favor de um partido político pró-Rússia, da Ucrânia. Mas, mesmo depois que assumiu o governo, em 20 de janeiro, Donald Trump tem mantido postura amigável à Rússia e jamais criticou as ações do presidente Vladimir Putin.

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Polícia desmantela esquema nacional de golpes bancários

Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagra a Operação Falsa Central, uma ação coordenada pelo Grupo de Repressão a Estelionatos e Outras Fraudes (Gref), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic). Foram cumpridos 95 mandados judiciais em todo o país — 58 de busca e apreensão e 37 de prisão —, além do bloqueio de 438 contas bancárias ligadas ao grupo.

A operação, nesta quinta-feira (21/11), que contou com apoio das polícias civis de São Paulo, Pernambuco, Pará, Piauí e Ceará, teve como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada no golpe da falsa central bancária. O esquema causou prejuízos de aproximadamente R$ 200 mil a 27 vítimas identificadas apenas em Goiás.

O delegado William Bretz, chefe do Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (Deic), conta que a Operação terá desdobramentos.

“A partir da análise do número 0800 usado no golpe, os investigadores descobriram outras 449 linhas vinculadas ao grupo, sugerindo um esquema de alcance nacional. Embora a primeira fase da operação tenha focado nas vítimas goianas, há indícios de centenas de outras vítimas em diferentes estados, que serão o alvo das próximas etapas”, disse.

Os envolvidos responderão por crimes como fraude eletrônica, furto mediante fraude, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As penas combinadas podem chegar a 29 anos de prisão. As investigações continuam sob responsabilidade do Gref/Deic de Goiás.

Alerta à população:

A Polícia Civil orienta que a população desconfie de mensagens ou ligações suspeitas sobre compras não reconhecidas e que jamais realize transações ou forneça dados pessoais sem antes confirmar diretamente com seu banco.

Em casos suspeitos, a recomendação é registrar um boletim de ocorrência imediatamente.

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