Nessa sexta-feira (4), a juíza Laura Ribeiro de Oliveira converteu a prisão em flagrante do policial militar Jackson Portugal de França, 28 anos, em prisão preventiva. Ele é suspeito de matar Willas Santos da Silva Luz durante uma confusão de bar, em Planaltina de Goiás, no Entorno do Distrito Federal, no último dia 2.
A decisão da justiça em favor da prisão
Apesar da argumentação do advogado do réu, Roberto Rodrigues, de que a ação extrema do cliente teria ocorrido como forma de defesa, visto que ele teria sido agredido na confusão que resultou no homicídio, par a juíza o homem deveria ser mantido sob custódia da Justiça pelas circunstâncias do ato que ocasionaram a prisão.
“Houve uma agressão injusta, uma interferência por parte da vítima. […] Falou que estava armado, mas que o rapaz desceu do carro e foi para cima dele”, afirmou, em vão, o advogado.
O policial, Jackson Portugal está detido no Presídio Militar, na capital goiana e a defesa afirma que ainda estuda medidas para a representação no caso.
A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), em nota à TV Anhanguera, informou que um processo administrativo irá apurar o caso e as circunstâncias do ato. No texto encaminhado à TV, a corporação afirma não admitir desvio de conduta e confirma o afastamento do policial.
“A prisão cautelar do flagrado é medida extremamente necessária, ante a presença dos requisitos legais e a gravidade da conduta que teria sido praticada por ele. […] Entendo, pois, que medidas cautelares diversas da prisão não seriam suficientes”, afirma a corporação em nota.
A confusão no bar
A prisão de Jackson Portugal se deve ao episódio ocorrido na quarta-feira, 2. O vídeo mostra que Willas Santos da Silva Luz, a vítima fatal, entrou na rua e, após algum tempo, várias pessoas correram até o local para ver o que havia acontecido.
Segundo o delegado responsável pelo caso, Antônio Humberto Soares, uma testemunha contou que o PM que efetuou os disparos brincava com um spray de pimenta. A namorada dele não gostou da atitude e os dois começaram uma discussão.
Logo depois, há o momento em que Willas, ao descer do carro em que estava e adentrar o bar, é atingido pelo disparo.
“Existem duas versões sobre o mesmo caso. Uma, de que ele parou para defender um amigo que se envolveu na discussão com o PM e a namorada. A outra, de que ele tentou defender com palavras a mulher, que estava discutindo com o policial”, disse o delegado.
A corporação abriu inquérito sobre o ocorrido para analisar as circunstâncias do caso.