Servidores da educação de Goiânia realizam manifestação nesta terça-feira, 8

Profissionais da rede municipal de Educação de Goiânia realizam uma paralisação nesta terça-feira (8). A manifestação ocorre no Paço Municipal e começou por volta das 9 h. Os profissionais requerem o pagamento da data-base para o administrativo e o piso do magistério.

Segundo o Sindicato Municipal dos Servidores de Educação de Goiânia (Simsed), o ato já tem apoio de mais de 90 instituições, entre escolas e Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis). Por causa do movimento, as aulas em algumas unidades foram suspensas.

Nós temos confirmadas mais de 90 instituições que vão paralisar. A nossa pauta principal é a data-base e piso para o magistério, porque a proposta do prefeito (Rogério Cruz) não nos atende, não cumpre a lei. A lei do piso fala 33,24 % e o prefeito oferece apenas 7%, além de violar o plano de carreira. A data-base também não está sendo paga, sendo que a prefeitura tem condições de pagar isso ao trabalhador administrativo”, explicou Antônio Gonçalves, coordenador-geral do Simsed.

De acordo com Antônio, os funcionários vão se manifestar com faixas e carro de som. O protesto deve contar com aproximadamente 300 servidores, entre professores e administrativos.

Em nota, a Secretaria Municipal de Educação (SME) informou que os temas de pauta da manifestação já estão em discussão pelo Sintego e SindiGoiânia. A pasta também afirma que os estudantes não serão prejudicados.

Outras paralisações

No último dia 15, os servidores também realizaram uma manifestação. Na ocasião, eles chegaram a fechar as principais vias que dão acesso ao Paço Municipal.

Já no dia 3 de janeiro, um ato semelhante aconteceu durante a votação do Plano Diretor de Goiânia (PDG). Os servidores da educação ocuparam a galeria da Câmara Municipal para se manifestarem a favor da data-base aos trabalhadores.

Aos gritos, os trabalhadores se manifestaram durante a fala do vereador Mauro Rubem (PT), que acompanhou o coro pelo pagamento da data-base.

Vídeo:

NOTA-SME

“A propósito de paralisação de atividades em escolas da rede municipal de ensino, anunciada pelo Comando Sindical Simsed, a Secretaria Municipal de Educação (SME Goiânia) informa o que se segue:

– Os temas que constam na pauta de reivindicações já estão sendo discutidos com o Sintego e com o SindiGoiânia, sindicatos legalmente representantes das categorias profissionais do município.

– A SME Goiânia está verificando a legalidade da reposição da paralisação desta terça-feira (8/3), uma vez que o Simsed não é um sindicato legalmente constituído como representante da categoria e, portanto, não tem legitimidade para convocar paralisações.

– A pasta reforça, ainda, que os estudantes não serão prejudicados e que a rede municipal de ensino vai cumprir integralmente as 800 horas ou os 200 dias letivos determinados pela Lei de Diretrizes e Bases (LDB), que regulamenta a Educação no Brasil.

Secretaria Municipal de Educação (SME Goiânia)”

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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