Polícia prende suspeito de matar e atear fogo no corpo do companheiro, em Goiânia

A Polícia Civil (PC) divulgou nesta quarta-feira (9), a prisão – realizada no último dia 25 de fevereiro – de um jovem de 18 anos suspeito de matar o companheiro, Heder Henrique de Souza Urzeda, 32, no Jardim Colorado, em Goiânia. O crime aconteceu no dia 7 de outubro de 2021.

O acusado afirmou aos policiais que a vítima teve comportamento violento, o que o levou a cometer o assassinato por sufocamento, com um golpe conhecido como ‘mata-leão’. Entretanto, o laudo cadavérico constatou morte por lesões perfuro-cortantes na cabeça e peito. O corpo também foi carbonizado. Tanto a vítima quanto o acusado não tinham antecedentes criminais. O suspeito está preso na Delegacia Estadual de Capturas (Decap).

O crime

Segundo as investigações, o crime teria motivação patrimonial e afetiva, já que o suspeito se relacionava com a vítima de forma velada. De acordo com a PC, o jovem de 18 anos matou a vítima e usou o carro da mãe dela, um Hyundai/HB20, para tentar ocultar o corpo. Por volta das 3h, ele acabou batendo o carro e foi auxiliado por um morador da região por onde passava, que emprestou equipamento para que ele trocasse um dos pneus, que furou. Com a vítima morta dentro do veículo, ele teria dito se tratar de um amigo que estava dormindo no banco de trás.

Reparo feito, o jovem foi embora e abandonou o veículo na avenida Avenida São Domingos, Jardim Liberdade, Goiânia. Pouco depois, o mesmo morador que emprestou o macaco para a troca do pneu encontrou o carro em chamas. Na data do crime, a mãe e um irmão de Heder enviaram mensagens e ligaram, preocupados, porque ele não havia chegado em casa, mas não tiveram resposta. O corpo foi identificado no início das investigações com base em documentos e exame papiloscópico.

Depois do crime, o suspeito fugiu para a zona rural de Ipameri (GO) e, depois, para o estado do Tocantins. Foi localizado pela equipe da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH) em um comércio de Goianira, no fim de fevereiro. Ao longo das investigações, a Justiça deferiu a representação pela prisão temporária do autor.

O suspeito será indiciado por homicídio qualificado – por surpresa e motivo torpe. O inquérito deve ser concluído nos próximos dias e a prisão temporária, com prazo de 30 dias, pode ser convertida em prisão preventiva.

Confira registros de câmeras de segurança na noite do crime:

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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