Família de maquiadora morta em Anápolis pede ajuda para encontrar suspeito do crime

A família da maquiadora Tayná Pinheiro, de 26 anos, encontrada morta no último domingo (6) dentro do apartamento em que morava com o marido, em Anápolis, tem se movimentado nas redes sociais pedindo ajuda para encontrar Israel Rodrigues, de 28 anos, principal suspeito do crime.

O homem que se identifica nas ferramentas digitais como geminiano, contador, empreendedor e pai de uma criança de 10 meses, fruto do relacionamento com a vítima, saiu do prédio onde moravam após uma discussão, momentos antes do corpo de Tayná ser encontrado por moradores.

Israel, que segue foragido, já possui uma passagem por homicídio contra um homem ocorrido em 2012, além de ter feito uso de tornozeleira eletrônica.  Tayná, por sua vez, se identificava nas redes sociais como mãe, administradora, maquiadora e micro empresária.

Crime

A maquiadora foi encontrada morta com duas perfurações nas costas no final de semana, após vizinhos ouvirem uma discussão entre a vítima e o suspeito. O casal, inclusive, mantinha uma relação conturbada, segundo o delegado responsável pela investigação, Wllisses Valentim.

“Estamos investigando as rotinas dos familiares da vítima, assim como de testemunhas e moradores do condomínio onde o casal morava. Há relatos de que o casal brigava bastante e que o relacionamento dos dois era bem conturbado”, explicou.

De acordo com o delegado, Israel Rodrigues e a mãe teriam saído do edifício Porto Rico, no bairro São Joaquim, por volta de 7h30 de domingo (6), momentos antes do corpo da vítima ser encontrado. Uma vizinha ficou preocupada e pediu para que o porteiro acionasse a Polícia Militar (PM) que confirmou o óbito.

“A vítima foi encontrada sem vida pelos próprios moradores que acionaram a polícia que, ao chegaram no local, confirmaram o óbito. O principal suspeito é o companheiro que já possuí passagens, inclusive por tentativa de homicídio”, concluiu.

Suspeito já teria sido preso por homicídio / Foto: Reprodução

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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