Um leve sinal de dias melhores parece surgir no horizonte do leste europeu. Na manhã desta quinta-feira (10), pela primeira vez desde o início da invasão russa à Ucrânia, os mais importantes diplomatas dos dois países se encontram para discutir o conflito. A conversa acontece na cidade de Antalya, na Turquia, com as presenças do ministro das Relações Exteriores ucraniano, Dmytro Kuleba, e o chanceler da Rússia, Sergey Lavrov.
Cerca de expectativas, a reunião entre as duas autoridades, que deve ser mediada pelo ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu, deve ter como foco a criação de novos corredores humanitários em pontos espalhados pela Ucrânia, facilitando o fluxo de evacuação de civis. Também se espera que a conversa caminhe no sentido de se encontra pontos de convergência que permitam o final do conflito, que já dura duas semanas.
Entretanto, vários obstáculos tornam complicado o anúncio de um cessar-fogo definitivo. Para as autoridades ucranianas, a Rússia tem realizado repetidos ataques a diversas cidades, provocando destruição de prédios públicos, incluindo uma maternidade. Além disso, segundo levantamento da Organização das Nações Unidas (ONU), o número de civis mortos durante os ataques já seria superior a 500. Outros dois milhões de ucranianos já teriam deixado o país fugindo da guerra.
Do outro lado do balcão, o governo de Vladimir Putin classifica como mentirosas as acusações feitas pela Ucrânia e afirma que existe uma espécie de ‘russofobia’, fomentada pelo ocidente. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, inclusive, acusou países da Europa, além dos Estados Unidos e da imprensa mundial de apoiarem ideias “extremistas”.