Lissauer Vieira pode desistir das eleições para assumir vaga no TCE-GO

Após especulações, o presidente da Assembleia Legislativa, Lissauer Vieira (sem partido), admitiu ter começado a negociar a possibilidade de assumir a vaga no Tribunal de Contas do Estado (TCE), caso o conselheiro do tribunal, Sebastião Tejota, venha a disputar o cargo de deputado estadual.

Lissauer afirma que está vivendo um momento de transição e reflexão, em decorrência da recente morte do pai, e tem reavaliado sua atuação.

“A possibilidade de ir para o TCE é uma forma de continuar contribuindo com o Estado e também estar mais próximo da minha família e dos negócios. É um momento que tenho refletido muito e essa é uma alternativa interessante e que me agrada”, disse em nota.

Para ir para o TCE, Lissauer depende da aposentadoria de Sebastião Tejota. Caso isso não ocorra, ele tem até o dia 2 de abril para se filiar a um novo partido e manter a pré-candidatura a deputado federal ou buscar outra alternativa política.

“Se não for possível a ida para o TCE, tenho até o fim do mês para avaliar o que será melhor e tomar a minha decisão. Mas é certo que não irei abandonar a vida pública e seguirei contribuindo para Goiás”, concluiu o deputado.

 

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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