Com a desconfiança dos brasileiros pelos constantes aumentos no preço dos combustíveis, a bicicleta elétrica está ganhando espaço. Esse meio de transporte consegue reunir atrativos para o bolso e para a saúde impulsionando o mercado, que cresceu 27,3% no ano passado, segundo a Associação Brasileira do Setor de Bicicletas (Aliança Bike).
Os preços variam muito entre os modelos comercializados. Em um levantamento realizado pelo Diário do Estado, a reportagem encontrou valores iniciais do mesmo tipo de bicicleta elétrica em Goiânia de R$3,9 a R$8,5 mil. A vendedora Márcia, da Brazil Eletric Bike, afirma que a procura aumentou 80%.
“Aumentou muito. Em até um ano ela se paga. Muita gente já buscava essas bicicletas elétricas por causa do aumento dos combustíveis e da pandemia. As pessoas começaram a viajar, perceberam que em outros lugares a adesão às bikes é grande e começaram a fazer o mesmo”, explica.
Existem dois sistemas de bicicletas elétricas nas lojas: o de pedal assistido e o de acelerador – senda ambos com marchas. No primeiro caso, o ciclista pedala e impulsiona a bike e no segundo, a pessoa não precisa exercer nenhum tipo de força por causa do motor. Em nenhuma delas o esforço é desgastante evitando o cansaço e suor até chegar ao local de trabalho.
A maioria dos estabelecimentos opta por comercializar o modelo de pedal assistido porque é mais flexível em relação ao uso. “Serve tanto para meio urbano quanto para trilha porque basta desativar a tração. É o mais completo”, diz o gerente da Fernando Bicicletas, Edio Helan.
Especificamente em relação ao motor, a média de velocidade gira em torno de 25 quilômetros por hora. A bateria demora três horas para ser recarregada, tem cerca de 40 centímetros e pesa por volta de 3,5 quilos.
Ela fica acoplada ao quadro da bicicleta e pode ser retirada, uma facilidade para quem mora em apartamento ao deixar o veículo estacionado e levar para casa apenas o motor para ser carregado.
Desde 2013, as bicicletas elétricas não são equiparadas a ciclomotores, por isso não exigem idade acima dos 18 anos, habilitação nem emplacamento, segundo uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran).