Homem forja atentado para comover mulher, compromete amigo e fica sem os dois, em Rio Verde

Um jovem de 25 anos pagou um amigo para atirar na própria perna, a fim de comover a ex-namorada e reatar a relação, em Rio Verde. Segundo o delegado responsável pelo caso, Adelson Candeo, essa foi a quarta vez em 10 dias que o homem se machucou para comover a ex-companheira. O caso aconteceu no último domingo (13), mas foi divulgado apenas nesta quarta-feira (16).

“Ele ofereceu R$ 1 mil reais para um amigo atirar porque ele não tinha coragem. Esse amigo chamou o irmão, que efetuou o primeiro disparo na perna. O atirador tentou efetuar mais dois disparos no ombro do rapaz, já que o acordo era que seria três tiros, mas a arma travou e então ele foi para o UPA.”, explicou.

Ainda de acordo com o delegado, os policiais foram acionados pelos colaboradores da unida de saúde. No entanto, ao conversarem com o rapaz, a corporação desconfiou do depoimento e após ser questionado sobre a motivação do crime, ele confessou que foi planejado e que chegou a escolher onde seria atingido. Conforme o investigador, o jovem ficou com medo de ser preso novamente já que está cumprindo pena em regime semi-aberto.

“A primeira providencia dele foi tirar uma foto do machucado que o tiro causou e mandar para essa ex-namorada dizendo que tentaram matá-lo, tentando causar uma comoção. A mulher foi ouvida, mas não reatou o relacionamento, além de não se comover com a situação em nenhum momento. Ou seja, não deu certo. Ele apenas conseguiu fazer com que um amigo fosse preso por porte ilegal de arma de fogo e que o outro que realizou os disparos responda por tentativa de homicídio, assim que for pego”, concluiu o investigador.

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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