Rússia confirma disparo de míssil hipersônico contra a Ucrânia

Os militares russos confirmaram neste sábado (19) que usaram míssil hipersônico Kinzhal de última geração para destruir um depósito de armas perto da cidade de Ivano-Frankivsk, no oeste da Ucrânia.

O ataque com o sistema de mísseis lançado do ar ocorreu nesta sexta-feira (18), disse o porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov, durante um briefing.

O alvo era “um grande depósito subterrâneo de mísseis e munições aéreas das forças ucranianas” na vila de Deliatyn, acrescentou.

Kinzhal, que significa ‘punhal’ em inglês, foi usado pelos militares russos pela primeira vez desde o início do conflito ucraniano em 24 de fevereiro.

Diz-se que essas munições são capazes de penetrar em qualquer defesa aérea existente, viajando a uma velocidade enorme de até Mach 10 e manobrando constantemente durante o voo.

Os mísseis Kinzhal são transportados por aeronaves interceptoras supersônicas MiG-31K, que a OTAN chama de ‘Foxhound’.

O hardware é um dos vários sistemas hipersônicos preparados para os militares do país nos últimos anos, juntamente com o planador Avangard, que é instalado em ICBMs baseados em silos, e mísseis Zircon (Tsirkon), desenvolvidos para a marinha.

Moscou enviou suas tropas para a Ucrânia no mês passado após um impasse de sete anos sobre o fracasso de Kiev em implementar os termos dos acordos de Minsk e o eventual reconhecimento da Rússia das repúblicas separatistas de Donbass de Donetsk e Lugansk. Os protocolos mediados pela Alemanha e pela França foram projetados para regularizar o status dessas regiões dentro do estado ucraniano.

A Rússia agora exigiu que a Ucrânia se declare oficialmente um país neutro que nunca se juntará ao bloco militar da OTAN liderado pelos EUA. Kiev insiste que a ofensiva russa foi completamente espontânea e negou as alegações de que planejava retomar as duas repúblicas pela força. (rt.com)

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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