Polícia investiga se professora foi abusada sexualmente dentro de escola em Goiânia

A Polícia Civil, através da 2ª Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), investiga se uma professora foi estuprada dentro de uma escola estadual onde trabalha, na região noroeste de Goiânia. De acordo com a delegada Cássia Sertão, que investiga o caso, a educadora relatou que não se lembra do caso pois teria sido dopada pela diretora do colégio.

A delegada também conta que uma perícia está sendo feita nos celulares das pessoas envolvidas para comprovar a existência que teria documentado o crime, conforme denunciado pela mulher.

“Posteriormente, a vítima alegou que o conteúdo do vídeo seria ela sendo abusada sexualmente, dentro da escola, por um servidor, fora do horário de serviço. […] A vítima fala que não se recorda dos fatos, que tomou conhecimento apenas através da notícia da existência do vídeo”, disse ela ao portal G1. A delegada contou que o caso continua sob investigação e testemunhas estão sendo ouvidas.

“Foram ouvidas algumas testemunhas, porém o vídeo não foi divulgado, tampouco localizado. Os celulares das partes envolvidas foram apreendidos […]e só através do exame pericial pode ser confirmada a existência ou não do vídeo e, por consequência, a ocorrência ou não do estupro”, completou.

Entenda o crime

Segundo a denúncia feita pela professora, de 39 anos, o estupro ocorreu dentro do colégio onde trabalha, pelo vigia e pela diretora da escola.

De acordo com a mulher, ela teria sido drogada pela diretora do colégio e o estupro foi filmado, para hostilizá-la diante dos colegas de trabalho. Conforme relatado pela professora, em dois boletins de ocorrência, ela descobriu a existência dos vídeos no dia 9 de março, porém, o crime teria acontecido no dia 23 de janeiro.

A educadora afirma que não se lembra do crime, pois estaria sob efeitos de drogas, manipuladas, segundo ela, pela própria diretora, como se fossem um remédio antialérgico.

A professora conta ainda que, sem saber da existência dos vídeos, teria se envolvido com o vigia da unidade escolar durante 15 dias, tempo em que ela percebeu um comportamento agressivo e abusivo. A vítima teria ainda procurado a Deam pela primeira vez, no mês passado.

De acordo com a suposta vítima, o homem também tentou extorqui-la em R$ 3,5 mil, ameaçando divulgar fotos e vídeos explícitos e comprometedores. Apesar de se sentir ameaçada, ela conta que não tinha acontecimento da situação ocorrida em janeiro. Contudo, o homem passou a intimidá-la usando o nome da diretora da instituição.

Ao final de fevereiro, a professora conseguiu um medida protetiva contra o vigia. Na mesma época, o homem foi afastado da escola em que trabalhava, por assedio moral contra outros funcionários.

A Seduc informou que todos os envolvidos no caso foram afastados na unidades, para não prejudicar os alunos. “O vigia teve seu contrato encerrado e a professora e a diretora estão afastadas temporariamente”, diz o documento. Ainda segundo a pasta, será instaurada uma auditoria na unidade escolar.

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Polícia desmantela esquema nacional de golpes bancários

Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagra a Operação Falsa Central, uma ação coordenada pelo Grupo de Repressão a Estelionatos e Outras Fraudes (Gref), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic). Foram cumpridos 95 mandados judiciais em todo o país — 58 de busca e apreensão e 37 de prisão —, além do bloqueio de 438 contas bancárias ligadas ao grupo.

A operação, nesta quinta-feira (21/11), que contou com apoio das polícias civis de São Paulo, Pernambuco, Pará, Piauí e Ceará, teve como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada no golpe da falsa central bancária. O esquema causou prejuízos de aproximadamente R$ 200 mil a 27 vítimas identificadas apenas em Goiás.

O delegado William Bretz, chefe do Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (Deic), conta que a Operação terá desdobramentos.

“A partir da análise do número 0800 usado no golpe, os investigadores descobriram outras 449 linhas vinculadas ao grupo, sugerindo um esquema de alcance nacional. Embora a primeira fase da operação tenha focado nas vítimas goianas, há indícios de centenas de outras vítimas em diferentes estados, que serão o alvo das próximas etapas”, disse.

Os envolvidos responderão por crimes como fraude eletrônica, furto mediante fraude, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As penas combinadas podem chegar a 29 anos de prisão. As investigações continuam sob responsabilidade do Gref/Deic de Goiás.

Alerta à população:

A Polícia Civil orienta que a população desconfie de mensagens ou ligações suspeitas sobre compras não reconhecidas e que jamais realize transações ou forneça dados pessoais sem antes confirmar diretamente com seu banco.

Em casos suspeitos, a recomendação é registrar um boletim de ocorrência imediatamente.

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