Pastores lobistas teriam acesso direto até com o presidente Bolsonaro

Os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura são apontados como lobistas junto ao Ministério da Educação (MEC). Eles teriam influência sobre a destinação de recursos da pasta e privilégios em Brasília, que incluíam acesso facilitado a setores do alto escalação do Governo Federal e mesmo ao Palácio do Planalto, onde se encontraram três vezes com o  presidente Jair Bolsonaro (PL), ministros e secretários.

O papel deles seria o de fazer a ponte entre prefeitos e o ministro da Educação, o também pastor Milton Ribeiro, o que implicava na liberação de recursos para os municípios logo na sequência dessas encontros.

Áudio divulgado nesta segunda-feira (21) pelo jornal Folha de S. Paulo, de uma reunião na qual o ministro Milton Ribeiro afirmava ter havido um “pedido especial” de Bolsonaro para atender demandas de Gilmar Santos trouxeram à tona o provável esquema de favorecimento do pastor e de outro líder religioso, Arilton Moura.

Os dois não têm qualquer ligação com a administração pública, são apontados como articuladores de ações paralelas do gabinete de Milton Ribeiro, que objetivam a liberação de verba para cidades cujos prefeitos são levados para conversas em Brasília pelos pastores. Essa revelação foi feita pelo jornal O Estado de S. Paulo.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Trudeau anuncia renúncia ao cargo de premiê após eleição de novo líder

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, declarou nesta segunda-feira, 6, que pretende renunciar à liderança do Partido Liberal após nove anos no comando. Ele permanecerá no cargo até que um novo líder seja escolhido pelo partido.

Trudeau enfrenta forte pressão interna devido a pesquisas que indicam uma ampla derrota dos liberais na próxima eleição. Durante coletiva de imprensa, ele informou que o Parlamento será suspenso até março, o que adiará qualquer votação de desconfiança contra o governo.

“Planejo renunciar como líder do partido e como primeiro-ministro após a escolha do novo líder por meio de um processo competitivo e nacional”, afirmou Trudeau. Ele destacou que o país precisa de uma “verdadeira opção” nas urnas e admitiu que as batalhas internas comprometeriam sua eficácia eleitoral.

À frente do governo desde novembro de 2015, Trudeau foi reeleito duas vezes, mas sua popularidade tem caído nos últimos dois anos devido à insatisfação com os altos preços e a crise habitacional. Pesquisas apontam uma derrota dos liberais para os conservadores liderados por Pierre Poilievre, especialmente em uma eleição prevista até o final de outubro.

A pressão para que Trudeau renunciasse aumentou significativamente após sua tentativa de rebaixar Chrystia Freeland, ministra das Finanças e aliada próxima, que se opôs aos seus planos de aumento de gastos. Freeland pediu demissão, acusando o premiê de priorizar “artifícios políticos” em detrimento do interesse do país.

Trudeau permanecerá como primeiro-ministro pelo menos até 20 de janeiro, quando o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, tomará posse. Trump já sinalizou a possibilidade de impor tarifas que podem impactar a economia canadense.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp