Na Câmara, Alexandre Magalhães diz perícia vai apurar “todos os problemas” do Mutirama

O presidente da Agência Municipal de Turismo, Eventos e Lazer (Agetul), Alexandre Magalhães (PSDC), afirmou, durante debate na Câmara Municipal, que uma perícia técnica e científica vai apurar todos os problemas do Parque Mutirama (PM) e que, com base em suas conclusões, será feito um novo protocolo de manutenção do local, “trazendo mais segurança e qualidade aos seus frequentadores”. Ele esteve na Câmara nesta quinta-feira (03) a convite do vereador Elias Vaz (PSB).

Após a fala do presidente, alguns vereadores lamentaram o discurso de Magalhães, dizendo não terem ficado satisfeitos com as respostas evasivas sobre certos questionamentos, como o pagamento de indenização aos acidentados no dia 26 do mês passado. Jorge Kajuru (PRP),informou que a promotora Fernanda Fernandes entrou com uma ação judicial contra o prefeito Iris Rezende (PMDB)e Alexandre Magalhães, exigindo o pagamento de indenização a quatro feridos, dois adultos e duas crianças.

Responsável Técnico

O primeiro vereador a questionar o presidente da Agetul foi Elias Vaz, que quis saber por que o prefeito exonerou em janeiro deste ano o responsável técnico do Mutirama, José Alfredo Rosendo Coelho, sob os protestos do Crea-GO. “O Crea esteve no Mutirama e notificou a Prefeitura pela falta ali de um responsável técnico (RT). Essa falha foi considerada um absurdo. No Paço, todos sabem, quem nomeia e contrata é o Prefeito. Gostaria de saber se o senhor pediu a ele a contratação de um responsável técnico, já que o cargo está vago há mais de seis meses”.

Magalhães respondeu que o Mutirama tem carência não só de engenheiros, mas de outros profissionais, e que em janeiro conversou com o prefeito sobre a restauração total do Parque. “Iris autorizou a contratação de 280 profissionais, entre engenheiros químicos, eletricistas, engenheiros civis. Então, nossa meta é restaurar tudo, fazer o Mutirama dentro de uma estrutura confiável, que traga segurança aos frequentadores”.

Já Sabrina Garcêz (PMB) denunciou que no parque vários brinquedos estavam sendo usados fora dos padrões de segurança e citou: “O teleférico, por exemplo, não tem certificação do Crea. Outros brinquedos, como Bate-Bate, estão sem manutenção. Isso poderá ocasionar uma nova tragédia”.

Magalhães garantiu que “o Parque só será reaberto com segurança total”. “Para tanto, a inspeção técnico-científica será feita. Vamos contratar novos engenheiros para fazer essa manutenção, que era precária. Reafirmo vamos zelar pela segurança”.

Lucas Kitão, PSL, defendeu a privatização do Parque, como saída para suas dificuldades. Mas o presidente da Agetul respondeu que o Mutirama hoje é inviável economicamente. “Não dá lucro. Nenhuma empresa privada iria querer assumir sua gestão. Acho que ele deve continuar sendo um Parque com interesse social”, afirmou.

Delegado Eduardo Prado (PV), quis saber do presidente da Agetul sobre a manutenção do brinquedo Twister, onde ocorreu o acidente, dizendo que “ele foi comprado em 1985 por R$ 189 mil”. Segundo o parlamentar, a “Asti fez a manutenção em 2012 mas não fez a troca do eixo central do equipamento”. Ele também reafirmou que também vai cobrar pelo pagamento de indenização aos acidentados. Alexandre afirmou que “esse e outros problemas serão apurados pela perícia técnico científica. E que a indenização vai ser conversada com o prefeito Iris Rezende”, concluiu.

*Informações da Câmara Municipal de Goiânia

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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