A Polícia Civil (PC) concluiu as investigações sobre o crime contra o professor Denes Marlio Lima Neres, de 26 anos, morto a pedradas, em Planaltina, no Entorno de Brasília. Segundo o delegado Thiago César de Oliveira, o crime foi motivado por homofobia.
Mateus da Silva Castro, de 18 anos, foi preso nesta quarta-feira (23) e confessou ter matado a vítima. De acordo com ele, os dois se conheceram na terça-feira (1). Denes teria informado que acabara de chegar do Piauí. Para “curtir” o carnaval, eles saíram juntos e teriam comprado cocaína e algumas bebidas.
“Esse indivíduo conheceu o professor nas ruas de Planaltina, na terça-feira de carnaval, e iniciaram uma pequena relação. O professor disse que queria conhecer a cidade e curtir aquele dia de festa”, contou o delegado.
Horas depois, já em casa, o suspeito conta que Denes tirou a roupa e tentou passar a mão nas partes íntimas dele. Com isso, os dois se desentenderam e Mateus o atingiu com um pedrada na lateral da cabeça. Em seguida, o autor desferiu outros golpes contra a vítima, que já estava desmaiada.
Ocultação
De acordo com o delegado, após matar o professor de inglês, Mateus roubou dois aparelhos celulares da vítima. Deixando o local, o criminoso vendeu os objetos no centro da cidade por R$ 350.
Em seguida, Mateus foi até um prostíbulo, onde encontrou duas mulheres, nas quais, o ajudaram a “se livrar do corpo” e assim driblar a polícia.
“Elas arquitetaram o plano para tentar ocultar o crime… À noite, adquiriram uma quantidade de combustível, foram até a casa que o professor estava, colocou o corpo em um dos carros das garotas de programa e, em seguida, o abandonaram no bairro Paquetá. No local, jogaram gasolina e atearam fogo no corpo da vítima”, relatou o delegado.
Depois disso, as garotas deixaram o suspeito hospedado na periferia de Planaltina. O corpo do professor foi encontrado no dia seguinte. No entanto, só foi identificado no dia três dias depois.
Mateus que já coleciona mais de 20 passagens pelos mais diversos crimes em Goiás e Distrito Federal, foi indiciado por homicídio qualificado, ocultação / destruição de cadáver, fraude processual e associação criminosa.
Já as garotas de programa serão indiciadas por ocultação / destruição de cadáver, fraude processual e associação criminosa.