Luiz Melodia morre aos 66 anos

O cantor, compositor e músico carioca Luiz Carlos dos Santos, conhecido por Luiz Melodia, morreu, aos 66 anos na manhã desta sexta-feira (4), no Rio de Janeiro. Ele lutava contra um câncer que atacou a medula óssea.
No tratamento contra a doença, Melodia chegou a fazer um transplante de medula óssea e resistiu ao procedimento, mas não correspondeu bem à quimioterapia.

O cantor foi internado no dia 28 de março no Hospital Quinta D’Or, na Zona Norte do Rio, para fazer sessões de quimioterapia no combate a um mieloma múltiplo (tipo de câncer de sangue), diagnosticado meses antes.

Segundo boletim médico divulgado na época pela produção do músico, com o início da quimioterapia, houve uma baixa glicêmica e acidez sanguínea. Por isso, o cantor permaneceu internado no CTI. O câncer voltou e o estado de saúde de Melodia se agravou bastante nesta última quinta-feira (3).

Nascido no Morro do Estácio, na zona central do Rio, em janeiro de 1951, Luiz Carlos dos Santos era filho do sambista Oswaldo Melodia e começou a carreira musical em 1964, quando formou a banda Os Instantâneos, ao lado dos amigos Manoel, Nazareno e Mizinho.

Tocando no morro, foi descoberto pelo poeta Wally Salomão, que o apresentou à cantora Gal Costa. Ela gravou a música Pérola Negra, de Melodia, no disco Gal a Todo Vapor, de 1972. Depois, Maria Bethania gravou Estácio, Holly Estácio e Melodia lançou o primeiro disco, Pérola Negra, em 1973.

Entre as canções de sucesso de uma consolidada carreira no Brasil e no exterior, estão também Codinome Beija-Flor, Negro Gato, Juventude Transviada e Ébano. Em mais de 40 anos de carreira, gravou 16 discos e teve participação em trilhas sonoras de 15 novelas ou minisséries.

*Com informações do G1 e Agência Brasil

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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