Bolsonaro vai demitir presidente da Petrobras

O anúncio ainda não foi feito, mas integrantes do Governo Federal confirmaram que o presidente Jair Bolsonaro (PL) teria decidido pela demissão do atual mandatário da Petrobras, Joaquim Silva e Luna. Ele já estaria comunicado sobre a saída, que se dá em um contexto de pressões em virtude do aumento no preço dos combustíveis. A posição crítica do Palácio do Planalto de do Congresso Nacional também teriam pesado na decisão.

Com o martelo batido, resta apenas a oficialização do afastamento e Silva e Luna, o que deve acontecer nas próximas horas, ainda de acordo com fontes de dentro do Palácio do Planalto. O economista Adriano Pires, especialista do setor de óleo de gás, seria o mais cotado, no momento, para assumir o cargo. O Governo Federal terá, ainda, que encaminhar à Petrobras uma lista de nomes para fazerem parte do Conselho de Administração da Petrobras, da qual não vai constar o do atual presidente.

Conforme mostrou o Globo neste domingo (27), o ‘Centrão’ já mirava cargos no Ministério da Educação e na Petrobras. Nesta segunda, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, foi exonerado do cargo. Ele é alvo de uma investigação da Polícia Federal (PF) e pressionado por lideranças evangélicas. Agora está de saída o presidente da estatal.

Mesmo antes de oficializada, a decisão pela exoneração do atual presidente já fez as ações da Petrobras caírem 3%.

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Lula impõe veto ao indulto de Natal para condenados do 8 de janeiro

Lula Impõe Veto ao Indulto de Natal para Condenados do 8 de Janeiro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vetou o indulto de Natal para os condenados pelos atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro de 2023, marcando o segundo ano consecutivo em que o benefício é negado aos envolvidos na tentativa de golpe de Estado. O anúncio foi feito na noite de 23 de dezembro, um dia antes da véspera de Natal, destacando a firmeza do governo em lidar com esses crimes.

Além disso, o indulto não será concedido a condenados por abuso de autoridade e crimes contra a administração pública, como peculato e corrupção passiva. O decreto também exclui aqueles condenados por crimes hediondos, tortura e violência contra a mulher, crianças e adolescentes. Integrantes de organizações criminosas, condenados em regimes disciplinares diferenciados e aqueles que fizeram acordos de colaboração premiada também estão fora do benefício.

Por outro lado, o indulto será concedido a gestantes com gravidez de alto risco, comprovada por laudo médico. Mães e avós condenadas por crimes sem grave ameaça ou violência também terão direito ao benefício, desde que comprovem ser essenciais para o cuidado de crianças até 12 anos com deficiência.

Saúde e condições especiais

O decreto prevê o perdão da pena para pessoas infectadas com HIV em estágio terminal, ou aquelas com doenças graves crônicas sem possibilidade de atendimento na unidade prisional. Pessoas paraplégicas, tetraplégicas, cegas e portadoras do espectro autista em grau severo também serão beneficiadas.

Este decreto reforça a posição do governo em relação aos atos antidemocráticos e crimes graves, enquanto oferece alívio a grupos vulneráveis. As pessoas contempladas pelo benefício terão, na prática, o perdão da pena e o direito à liberdade.

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