Após briga registrada em vídeo, comandante dos bombeiros de Niquelândia é substituído

O major Ary Dutra é o novo comandante em exercício do Corpo de Bombeiros de Niquelândia, segundo a própria corporação. O militar substitui André Luiz Jesus Aquino, depois que ele se envolveu em uma briga nas ruas do município, na noite da última sexta-feira (25). No vídeo gravado por uma testemunha, André Aquino aparece agredindo com chutes, além de ter sacado uma arma de fogo e atirado.

Até então, o novo comandante da corporação de Niquelândia, major Ary Dutra, ocupava o mesmo posto, mas na 11ª CIBM de Uruaçu. Segundo o Corpo de Bombeiros, André Aquino está sendo investigado em procedimento interno e segue afastado.

“A investigação da corporação irá esclarecer os fatos e caso a apuração aponte qualquer irregularidade será aplicada sanções previstas no código de ética da corporação, bem como nas demais legislações vigentes com mais absoluto rigor. É salientado que o Corpo de Bombeiros Militar de Goiás não coaduna com situações que implicam excessos”, afirma a nota da CBMGO.

Major Ary Dutra está à frente dos Bombeiros de Niquelândia temporariamente (Imagem: Reprodução/YouTube)

Relembre o caso

O, agora, ex-comandante André Luiz Jesus Aquino, aparece, em vídeo (de camisa branca), agredindo com socos e chutes. Em determinado momento da gravação, o bombeiro militar puxa uma arma.

A confusão aconteceu perto de uma distribuidora de bebidas na noite de sexta-feira (25). No vídeo gravado por uma testemunha, o comandante aparece batendo e dando repetidos chutes na cabeça de uma pessoa. O major também apanha em alguns momentos e, depois, saca uma arma.

Em outra nota, relacionada à arma de fogo, a corporação afirmou que um bombeiro militar pode solicitar registro e o porte da arma, desde que atendam aos requisitos previstos na norma administrativa do Corpo de Bombeiros Militar de Goiás.

Confira vídeo que registra a briga em Niquelândia:

 

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Policial Militar é indiciado por homicídio doloso após atirar em estudante de medicina

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que as câmeras corporais registraram a ocorrência. O autor do disparo e o segundo policial militar que participou da abordagem prestaram depoimento e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações. A investigação abrange toda a conduta dos agentes envolvidos, e as imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
 
O governador Tarcísio de Freitas, de São Paulo, lamentou a morte de Marco Aurélio por meio de rede social. “Essa não é a conduta que a polícia do Estado de São Paulo deve ter com nenhum cidadão, sob nenhuma circunstância. A Polícia Militar é uma instituição de quase 200 anos, e a polícia mais preparada do país, e está nas ruas para proteger. Abusos nunca vão ser tolerados e serão severamente punidos,” disse o governador.
 
O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Claudio Silva, avalia que há um retrocesso em todas as áreas da segurança pública no estado. Segundo ele, discursos de autoridades que validam uma polícia mais letal, o enfraquecimento dos organismos de controle interno da tropa e a descaracterização da política de câmeras corporais são alguns dos elementos que impactam negativamente a segurança no estado. O número de pessoas mortas por policiais militares em serviço aumentou 84,3% este ano, de janeiro a novembro, na comparação com o mesmo período do ano passado, subindo de 313 para 577 vítimas fatais, segundo dados divulgados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) até 17 de novembro.
 
O Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do MPSP faz o controle externo da atividade policial e divulga dados decorrentes de intervenção policial. As informações são repassadas diretamente pelas polícias civil e militar à promotoria, conforme determinações legais e resolução da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP).

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