“Eu Trouxe Flores” chama a atenção com exibições no Brasil e no mundo

Eu Trouxe Flores filme goiano

O filme goiano “Eu Trouxe Flores” está em alta. Com gravações em Pirenópolis e produção em Anápolis, o curta-metragem de 25 minutos de duração é estrelado por Eduardo Rosário e Ana Isabela Godinho. O ator principal também ocupa o posto de diretor. Ao Diário do Estado, ele falou sobre a proposta e a repercussão que a obra vem tendo no Brasil e no mundo.

Sinopse de “Eu Trouxe Flores”

O enredo de “Eu Trouxe Flores” se passa no período da pandemia da Covid-19 e conta a conturbada história do casal Eliza e Mamedio. Publicamente, formam o casal perfeito, mas dentro de casa, a realidade é outra. Depois de alguns anos de convívio, Eliza se vê numa relação abusiva, sofrendo agressões verbais e psicológicas por parte de Mamedio.

Ela teme que o pior aconteça, mas não consegue colocar um fim na relação. Mamedio perdeu sua mãe para o coronavírus e fez disso um dos motivos para explicar os momentos mais recentes de agressividade. Enclausurados em casa, e sem a necessidade de manter as aparências, os dois terão que decidir como essa trama vai terminar.

Eu Trouxe Flores curta
Foto: Divulgação

Detalhes do curta-metragem

O lançamento do curta ocorreu em setembro de 2021, em salas de cinema de Pirenópolis e Anápolis. A sessão do Cine Pirineus, inclusive, foi o evento que marcou a retomada cultural da cidade de Pirenópolis.

Depois da estreia no interior goiano, “Eu Trouxe Flores” começou a tomar outras proporções. Os responsáveis passaram a inscrever a obra em festivais de cinema. O filme passou pelos Estúdios Pinewood, em Londres, um festival no Rio Grande do Sul, e no site de streaming Cubo Play. Além disso, ficou disponível de forma gratuita no YouTube durante os dias 2 e 3 de abril, e neste período angariou quase mil acessos.

“O cinema goiano é muito rico e plural. Existem bons cineastas e bons filmes produzidos por aqui. Entretanto, precisamos aproximar as pessoas do nosso cinema. Precisamos levar os filmes para perto das pessoas, para que elas sintam que está tudo bem em ir ao cinema ou acessar um site e assistir a um filme que foi produzido por aqui. Precisamos normalizar ver na grande tela ou na TV nossas próprias histórias e forma de viver”, afirma o cineasta Eduardo Rosário ao DE.

Os próximos passos do curta são ousados. Em junho, haverá uma exibição do filme em Atenas, na Grécia. Negociações também estão abertas com os Estados Unidos, para agosto, e com o México, em um evento que pretende discutir o cinema como uma forma de pensar a sociedade.

“Pretendemos levar mais exibições de ‘Eu Trouxe Flores’ às cidades goianas e continuar o importante debate que começamos. Até porque quando um filme que trata de violência contra mulheres ganha relevância, inclusive, internacional, é um sinal de que precisamos mesmo falar desse assunto e fazer com que as pessoas vão para suas casas pensando formas de mudar os índices atuais de violência”, conclui Eduardo.

Projeto subsequente

A equipe de “Eu Trouxe Flores” está prestes a lançar um novo projeto. No mês de maio, o média-metragem “PRÁXIS” terá seu lançamento em salas de cinema ainda não confirmadas. O enredo apresenta uma pessoa, que, depois de muito tempo dedicando-se às atividades do cotidiano, está sob forte efeito de traumas psicológicos que foram sendo formados depois de muitas frustrações e decepções. A pandemia da Covid-19 também é o panorama.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Filme brasileiro ”Ainda Estou Aqui” é confirmado como elegível ao Oscar pela Academia

O filme “Ainda Estou Aqui”, dirigido pelo renomado diretor brasileiro Walter Salles, foi oficialmente confirmado pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas como elegível para a categoria de Melhor Filme Internacional no Oscar 2025. Este reconhecimento segue uma série de elogios internacionais desde sua estreia mundial no Festival de Veneza em 2024, onde o filme foi descrito por críticos como “uma carta de amor ao Brasil” e “espetacular”.
 
Fernanda Torres, que estrela o filme, também tem sido destaque entre os elogios da crítica especializada. Recentemente, ela recebeu um prêmio especial do grupo organizador do Critics Choice Awards, um dos principais termômetros para o Oscar. Essa honraria reforça suas chances de ser indicada na categoria de Melhor Atriz, uma categoria que ainda não tem uma franca favorita. “A gente precisa tentar apresentá-la como uma atriz que já tem uma carreira consolidada no país de origem,” disse Rodrigo Teixeira, produtor do filme, em entrevista à CNN. Fernanda Torres já recebeu o prêmio de Melhor Atriz em Cannes em 1986 por sua atuação no filme “Eu Sei Que Vou Te Amar”, dirigido por Arnaldo Jabor.
Além da categoria de Melhor Filme Internacional, “Ainda Estou Aqui” também pode figurar em outras categorias prestigiadas do Oscar. Walter Salles, com sua vasta experiência e reconhecimento internacional, tem chances reais de ser indicado na categoria de Melhor Diretor. Selton Mello, que também atua no filme, é cotado para a categoria de Melhor Ator Coadjuvante.
O roteiro do filme, escrito por Heitor Lorega e Murilo Hauser, conquistou o troféu de Melhor Roteiro no Festival de Veneza, o que aumenta suas chances de ser indicado e vencer na mesma categoria no Oscar. “Ainda Estou Aqui” compete com filmes de 85 países na categoria de Melhor Filme Internacional, mas sua bela recepção internacional o coloca como um dos favoritos para a estatueta. A lista com todos os finalistas do Oscar 2025 será divulgada em 17 de janeiro do ano que vem.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp