Governo adia reajuste de servidores para 2019

Temer e sua equipe econômica decidiram, durante reunião para revisar a meta fiscal, que o reajuste dos servidores será congelado pelo período de um ano. As informações são do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo.

Desta forma, o reajuste que sairia já no ano que vem, fica para janeiro de 2019. Com isso, o Governo pretende atingir o resultado em relação ao rombo deste ano que subirá de R$ 139 bilhões para R$ 159 bilhões. A economia prevista do congelamento, segundo a equipe econômica do presidente, é de 11 bilhões ao ano.

Além do congelamento do reajuste, o funcionalismo público terá outras baixas. Temer também deve limitar os salários iniciais dos servidores em R$ 5 mil.

A equipe econômica justificou a medida afirmando que, atualmente, há carreiras em que o funcionário ingressa no serviço público ganhando quase R$ 20 mil, o que faz com que ele atinja o teto muito cedo.

Além disso, o governo quer cortar vários auxílios da categoria. Vai limitar o prazo para recebimento do auxílio-moradia a fim de economizar R$ 35 milhões; reduzir gasto com ajuda de custo para obter mais R$ 49 milhões, além do corte no pagamento do auxílio-reclusão, outros R$ 600 milhões. A equipe econômica recomendou, ainda, o fim do auxílio funeral, mas a proposta acabou sendo vetada.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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