Prefeitura de Goiânia implanta monitoramento em tempo real nas ambulâncias do Samu

Os veículos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) começaram a ser monitorados via satélite, em tempo real, na Capital, nesta quinta-feira, 10. O projeto implantado pela Prefeitura de Goiânia já monitora 41 unidades móveis de saúde pelo sistema de georreferenciamento.

O novo serviço possibilitará que a direção do Samu e a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) acompanhem o trajeto das ambulâncias e o tempo de permanência em cada local. Entre os 41 veículos monitorados, 18 são para o transporte básico (comum), 18 para o transporte sanitário e cinco para o transporte avançado (com UTI móvel).

De acordo com o diretor geral do Samu, André Braga, o sistema de rastreamento garantirá mais eficiência durante o trabalho dos profissionais médicos. “O objetivo do georreferenciamento é garantir mais agilidade no serviço prestado à população, assegurando mais qualidade de atendimento da rede de urgência e emergência e também mais segurança para os profissionais que atuam na área”, explica.

O serviço é totalmente online e permite que os gestores do Samu tenham acesso às coordenadas e visualize diversos dados das unidades móveis. “A partir de agora teremos acesso às rotas das ambulâncias, tipos de atendimentos e tempo-resposta. Essas informações vão auxiliar na tomada de decisões durante os atendimentos de emergência”, pontua.

Além do monitoramento via satélite, em até 90 dias os veículos do Samu estarão equipados com câmeras de vigilância. “A partir da implantação dessas novas medidas, queremos tornar mais transparente o trabalho da instituição”, finaliza André Braga.

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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