A Operação Faixa Vermelha, iniciada na manhã desta quinta-feira (7), prendeu preventivamente cinco pessoas e apreendeu cerca de R$ 1 milhão em cheques, R$ 84 mil em espécie e ainda U$ 3 mil. As investigações começaram em 2020, para desarticular organização criminosa que produzia e comercializava agrotóxicos falsificados.
Segundo o Ministério Público de Goiás (MP-GO) e a Polícia Civil, responsáveis pela operação, o grupo atuava principalmente em Goiânia e Aparecida de Goiânia, mas alcançava outros municípios de Goiás e outros estados. Produtos que deveriam ser aplicados no combate a pragas em áreas urbanas – como baratas e formigas – eram vendidos pelo grupo como agrotóxicos para lavouras.
Um mandado de prisão ainda está em aberto porque, segundo o Ministério Público de Goiás (MP-GO), o investigado está nos Estados Unidos. Os outros foram cumpridos em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Senador Canedo, Guapó, Novo Gama e Palmas (TO).
Segundo a investigação, a organização criminosa mantinha várias empresas para fazer todo o processo de produção e venda e simulavam produtos de grandes multinacionais. O grupo de empresários suspeitos usava empresas de fachada e emitia notas, fugindo assim do pagamento de impostos. Também havia empresas lícitas, mas com autorização para funcionar em outro ramo – o da limpeza urbana. Segundo a investigação, alguns produtos eram vendidos por até 50% do preço de mercado.
Nos 34 mandados de busca e apreensão cumpridos, foram recolhidos celulares, laptops, documentos e computadores que serão analisados. As investigações ainda vai apurar se os compradores destes produtos sabiam que ele era falsificado. Há ainda suspeita de que o grupo esteja envolvido com roubo e furto de cargas.
Segundo a investigação, os produtos falsificados, que não passam pelas regras específicas necessárias, levantam preocupação com a saúde dos trabalhadores do campo, o meio ambiente e ainda com a própria alimentação da população.